Com semanas tumultuadas, timão pode dar adeus ao Augusto Melo e virar uma nova SAF no Brasil
O Corinthians tem vivido semanas turbulentas com contratações e problemas na administração do clube, principalmente com polêmicas envolvendo o Augusto Melo.
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Primeiro, surgiu no início do mandato de Augusto Melo, as especulações sobre a possibilidade de, para conseguir pagar as dívidas, o Corinthians vender o clube para se transformar em uma SAF.
Segundo o GE, a empresa OTB Sports confirmou interesse em intermediar a aquisição do Corinthians por investidores. Mas, Augusto Melo cravou que o Corinthians não está a venda.
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A ideia de vender o clube é rejeitada tanto pelo presidente Augusto Melo quanto por Andrés Sanchez, seu principal antagonista.
Na gestão de Duilio Monteiro Alves, encerrada no fim do ano passado, o Corinthians também foi sondado por fundos árabes dispostos a adquirir o clube, mas nem sequer abriu negociações.
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Para que o Timão tenha um ou mais donos é necessário um longo processo legal, com aprovação em diferentes esferas. Duas delas são internas do clube: por parte do Conselho Deliberativo e dos associados.
“Politicamente, sinto que não há ambiente para isso. A gente percebe muitas pessoas de fora achando que isso é a solução, mas não há vontade interna, até pelas raízes do Corinthians, o time do povo. Estatutariamente, é difícil que isso aconteça, dirigentes, conselheiros e associados são contrários atualmente” explica Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo alvinegro, órgão que conduziria um eventual processo de migração para SAF.
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“O problema do Corinthians é de gestão. O dia em que acabar com esse negócio de trocar apoio de chapa por cargo no clube e fizer votação individual para os membros do Conselho, essa questão será resolvida” complementou.
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Com o assunto sobre a SAF deixado para escanteio, o que tem dominado o cenário político no Corinthians é a possibilidade de Impeachment do Augusto Melo, devido as polêmicas com as empresas Vai de Bet e Esportes da Sorte, ambas patrocinadoras master do Corinthians.
Segundo o GE, o dirigente tendo sido indicado pela Comissão de Justiça a prestar esclarecimentos à Comissão de Ética do clube por possíveis irregularidades na gestão, como a rescisão com a PixBet e todo o caso VaideBet. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Timão, Romeu Tuma Jr., um processo de impedimento dentro do clube possui um protocolo longo, só com andamento a partir de provas que pudessem apontar irregularidades estatutárias do dirigente.
Somente o presidente e os dois vices, eleitos pelos associados, podem sofrer impeachment no Corinthians. No caso, além de Augusto Melo, o segundo vice Armando Mendonça, outro nome direcionado para a Comissão de Ética, pode ser afastado.
“Enquanto você não tiver nada… Só existe duas possibilidades de alguém ser afastado. No caso de impeachment, três pessoas apenas correm risco: presidente e seus vices”
“Você vai afastar um dirigente eleito, você tem que aprovar um procedimento de impeachment, esse processo ser votado no Conselho, e aí, antes de ele ser julgado pela Assembleia Geral, fica afastado. Enquanto isso não acontecer, ninguém fica afastado” assegurou Tuma Jr.
Além de Augusto Melo, vão ser ouvidos o segundo vice-presidente do clube, Armando Mendonça; o ex-diretor financeiro Rozallah Santoro; o ex-jurídico Yun-Ki Lee; o ex-diretor adjunto do departamento jurídico Fernando Perino; o diretor administrativo, Marcelo Mariano; e o ex-diretor de futebol Rubens Gomes.
“Faço questão de responder e esclarecer tudo que me for perguntado na Comissão de Ética para deixar tudo às claras e finalizar esse tema. Que todos sejam julgados e que se cumpra o estatuto do clube ” disse Augusto Melo.
O QUE É O CASO VAI DE BET NO CORINTHIANS?
A Vai de Bet usou três empresas que não constavam no contrato com o Corinthians para depositar cerca de 90% do valor total que foi pago nos cinco meses de contrato, antes do rompimento, em junho. Porém, o Corinthians nunca chegou a notificar a patrocinadora pelo não cumprimento do acordo.
O Corinthians recebeu R$ 56 milhões em pagamentos da Vai de Bet, ex-patrocinadora do clube, por meio de intermediadoras financeiras que não constavam no contrato e nem possuíam autorização prévia do clube para realizar as transações.
Segundo uma cláusula do contrato, apenas a Zelu Pagamentos e a Pay Brokers poderiam intermediar as transferências. Inclusive, ambas foram alvo da Operação Integration, da Polícia Civil de Pernambuco. De R$ 66 milhões, R$ 10 milhões foram pagos ao clube por meio dessas duas empresas.