Rogério Ceni tem passagem por gigante marcada por demissão relâmpago; Saiba o que rolou nos bastidores
Rogério Ceni é um dos nomes mais emblemáticos do futebol brasileiro, seja como ídolo incontestável do São Paulo ou como técnico, onde coleciona passagens por clubes importantes da Série A.
Porém, uma de suas experiências marcou a carreira do treinador: Pouquíssimo tempo após sua chegada em um gigante, o Brasil paralisou com sua demissão relâmpago e conflitos nos bastidores.
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Atualmente, Rogério Ceni comanda o Bahia, onde vive um momento de prestígio e respeito pelo trabalho que tem realizado.
Mas o episódio de 2019 voltou a ganhar destaque, ainda gerando muitos questionamentos e dúvidas sobre o que rolou nas entrelinhas.
Neste cenário, o TV Foco reuniu as informações acerca da passagem relâmpago de Ceni no Cruzeiro, com base em notícias do portal ge.globo.
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A passagem relâmpago pelo Cruzeiro
A trajetória de Rogério Ceni no Cruzeiro, em 2019, foi tão breve quanto conturbada. Após apenas 46 dias no comando, o treinador deixou o clube em meio a um ambiente de crise técnica e conflitos internos.
A saída relâmpago ocorreu depois de um empate sem gols contra o Ceará, no Castelão, onde o clima no vestiário explodiu e selou o destino de Ceni na Toca da Raposa.
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O estopim no vestiário
Numa noite de quarta-feira, após o jogo contra o Ceará, o vestiário do Cruzeiro foi palco de uma discussão acalorada.
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Jogadores expressaram insatisfação com a ausência de Thiago Neves, que ficou no banco de reservas durante os 90 minutos.
O descontentamento foi o estopim para a crise que já vinha sendo alimentada por declarações polêmicas e resultados abaixo do esperado.
Ainda na mesma noite, Ceni conversou com o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, que sugeriu que o treinador pedisse demissão.
O técnico recusou. No entanto, a decisão final foi selada na tarde da quinta-feira seguinte, em reunião entre o treinador e a cúpula do clube.
Ceni não saiu sozinho: os auxiliares Nelson Simões e Charles Hebert, além do preparador físico Danilo Augusto, também deixaram o Cruzeiro.
Antes mesmo do anúncio oficial, o clube já buscava um substituto. Dorival Júnior, Luiz Felipe Scolari e Adilson Batista eram nomes especulados na época.
Resultados insuficientes e conflitos internos
Contratado em agosto para substituir Mano Menezes, Ceni chegou com a missão de resgatar o Cruzeiro de uma situação delicada no Brasileirão.
Logo na estreia, venceu o Santos, líder do campeonato na época, e trouxe esperança aos torcedores. No entanto, a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, contra o Internacional, foi um divisor de águas.
Após a derrota por 3 a 0, Thiago Neves criticou publicamente as escolhas do treinador: “Ele fez muitas mudanças para uma decisão”, afirmou o meia, gerando repercussão imediata.
Ceni não ficou em silêncio e rebateu as declarações, insinuando que Thiago Neves estava insatisfeito por ver o lateral Edilson, seu amigo, no banco de reservas.
Logo, a diretoria tentou amenizar a situação, com o diretor de futebol Marcelo Djian minimizando os conflitos:
“Houve excesso do Thiago, mas já conversamos internamente. Colocamos tudo o que deveria ser falado entre jogador e treinador. Está tudo resolvido.”
Apesar das tentativas de pacificação, os problemas persistiram, culminando na saída do técnico após dois meses no clube.
Uma passagem breve e conturbada
Além disso, vale destacar que os números de Rogério Ceni no Cruzeiro evidenciam as dificuldades enfrentadas: foram oito jogos, com apenas duas vitórias, dois empates e quatro derrotas.
O time deixou o campo na 16ª colocação do Brasileirão, com 19 pontos – mesma pontuação do CSA, que estava na zona de rebaixamento e ainda tinha um jogo a menos.
Além disso, Ceni não saiu sozinho. Seus auxiliares Nelson Simões e Charles Hebert, e o preparador físico Danilo Augusto, também deixaram o clube.
A torcida e o legado de uma demissão
Apesar dos conflitos internos, Ceni contou com o apoio de grande parte da torcida celeste, que via no treinador um símbolo de renovação.
Aliás, na época, o carinho foi demonstrado nas redes sociais e em protestos contra o momento delicado do clube.
A demissão relâmpago, no entanto, escancarou não apenas a crise técnica, mas também os problemas de gestão e o desgaste interno de um elenco que enfrentava dificuldades dentro e fora de campo.
Considerações finais
- A demissão de Rogério Ceni no Cruzeiro foi marcada por um ambiente conturbado, agravado por resultados ruins e conflitos internos.
- O desentendimento com jogadores como Thiago Neves, além dos resultados, culminaram na rápida saída do técnico.
- Com apenas 46 dias no cargo, Ceni deixou o Cruzeiro na beira da zona de rebaixamento e com uma equipe sem rumo.
- Hoje, no comando do Bahia, Ceni vive um momento de maior estabilidade e prestígio.
Além disso, confira: “Demissão de Ceni é exposta por dirigente da Globo HOJE”
A breve passagem de Rogério Ceni pelo Cruzeiro permanece como um capítulo emblemático de sua trajetória como treinador, com lições que seguem moldando seu trabalho nos dias de hoje.
Qual os resultados de Ceni no Bahia?
Desde que assumiu o comando do Bahia, em setembro de 2023, Rogério Ceni tem se consolidado como um dos pilares do clube em sua busca por estabilidade e conquistas.
Em 68 jogos, Ceni soma 37 vitórias, 11 empates e 20 derrotas, alcançando um aproveitamento de 59,8%, uma marca significativa em um cenário competitivo como o futebol brasileiro.
Ceni chegou ao Bahia com a difícil tarefa de evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2023, e conseguiu atingir esse objetivo, garantindo a permanência do clube na Série A.
Em 2024, o Bahia foi vice-campeão estadual, um resultado que, embora frustrante para a torcida, mostrou que o time estava competitivo nas competições locais.
No cenário nacional, o técnico e a equipe atualmente lutam por uma vaga na Copa Libertadores de 2025, um feito histórico, já que o clube não disputa o torneio há mais de 35 anos.
Além disso, Ceni lidera o time na disputa da Copa do Brasil, onde briga por uma classificação inédita às semifinais.