O QUE ROLOU?!

Acabou a farra: Demolição de shopping multimilionário de SP, rival nº1 do West Plaza, choca paulistas

http://www.otvfoco.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Daniela-Mercury.jpg

Grande shopping, rival do West Plaza, acabou demolido após crise (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Facebook)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Shopping gigantesco e tradicional acabou tendo um fim amargo após não conseguir bater de frente com a concorrência e lidar com uma série de crises e dificuldades no caminho

Apesar dos shoppings centers serem vistos como grandes empreendimentos e praticamente intocáveis, nem sempre essa “realidade” é absoluta. Inclusive, muitos deles, cujos quais tinham tudo para deslanchar, muitas vezes sofreram grandes quedas, deixando milhares de frequentadores em choque.

E em meio ao pulsante e competitivo cenário comercial de São Paulo, uma das maiores metrópoles da América Latina, essa realidade acometeu um dos maiores shoppings da cidade que nunca dorme após um tombo colossal, culminando em um fim nada agradável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Estamos falando do gigantesco Shopping Center Matarazzo, rival nº 1 do West Plaza e que segundo o portal Estadão, foi o primeiro shopping da região da Pompeia, um dos bairros mais badalados da cidade de São Paulo e chegou a aquecer o comércio dos bairros de Perdizes, Água Branca e Barra Funda.

Localizado na Rua Turiassu, 2010, ao lado do Parque Antarctica, aonde hoje abriga o Arena Palestra Itália, o shopping foi inaugurado ainda na década de 1970.

Atropelado pela concorrência

Ainda de acordo com o portal Estadão, o empreendimento faraônico e multimilionário tinha dois grandes atrativos para os moradores da região oeste, um supermercado Jumbo-Eletro, que posteriormente viria a ser um Sonda, e uma loja do McDonald’s, cuja qual ficava grudada ao seu estacionamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo informações expostas pelo Estadão, a rede de fast food permanece no mesmo local. Como já até mencionamos em matérias anteriores, a década de 90 foi extremamente competitiva para grandes varejistas, shoppings e lojas de departamento no geral. Aliás, tudo que era novidade atraía de forma bem mais voraz o público da época.

Com esse crescimento do comércio em conjunto com demais empreendimentos imóbiliários da região, a concorrência do shopping obviamente acompanhou essa mesma crescente, o que acabou dificultando a situação do Shopping Center Matarazzo, uma vez que até então ele era a única opção.

LEIA TAMBÉM!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para piorar ainda mais pra ele, houve a inauguração do West Plaza, em maio de 1991, e o fechamento da unidade do Jumbo Eletro do Matarazzo, o que fez com que a “farra” do gigante começasse a ter fim, além claro, de ter o seu número de frequentadores caindo drasticamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O shopping por sua vez tentou, sem sucesso, reanimar suas vendas construindo uma área exclusiva para alimentação e uma pista de patinação de 240 m² da Maxi-Roller. Mas, em 1997, o mesmo foi levado a leilão para saldar as dívida de IPI, ICMS e outros impostos.

Foi arrematado por R$18,5 milhões pelo Grupo Zaffari, que no local ergueu o Shopping Bourbon, inaugurado em março de 2008.

Conforme exposto pelo Jornal Folha de S. Paulo na época, o empreendimento ainda possuía uma série de dívidas. Só de débito do IPTU de 1997 estava em R$ 3,653 milhões com a Prefeitura de São Paulo.

Segundo Botesini, juiz de execuções fiscais, nesses R$ 18,5 milhões não estava incluído o IPTU.
Além do IPTU, o grupo Matarazzo possuía débitos de R$ 12,987 milhões com a Fazenda Nacional e de R$ 182,919 milhões com o BNDES.

O leilão foi realizado pelo leiloeiro oficial Ronaldo Sérgio Faro. Além do valor de arrematação, o grupo gaúcho pagou mais 5% de comissão a Faro.

Manifestações e recursos

Além disso, o vice-presidente do grupo Matarazzo, Hamilton Gomes de Oliveira, disse na época que entraria com um recurso. O advogado do grupo na causa do leilão, Maércio de Abreu Sampaio, confirmou que já estava em busca desses mesmos recursos por meios dos “embargos à arrematação”, com o objetivo de tentar embargar o leilão.

Segundo declarado por Sampaio na ocasião, a empresa teria um prazo de 10 dias para entrar com o recurso na Vara de Execuções Fiscais da Capital . Além do novo recurso, já tinha um em andamento que ainda não havia sido julgado.

Para o advogado, em segundo leilão o lance mínimo inferior a 60% do valor de avaliação era considerado “vil”. No caso, o lance deveria ser de R$ 24,8 milhões.

A associação dos lojistas do shopping Matarazzo foi procurada a época pela Folha, mas a mesma não quis se manifestar sobre o leilão.

Vale mencionar que, apesar do TV Foco não ter encontrado manifestações posteriores sobre o ocorrido, o espaço permanece em aberto caso a mesma deseja expor a sua versão dos fatos.

Qual foi o desfecho real do Shopping Center Matarazzo?

Segundo o portal Wiki, apesar da venda, o shopping seguiu funcionando normalmente ainda por 5 anos. Mas em 2002, o Sonda brigava na justiça devido a uma ordem de despejo expedida pelos novos donos, exigindo que a loja do supermercado que ficava no local fosse fechada.

Após a resolução deste impasse, o shopping finalmente foi fechado e demolido, dando início as obras do mencionado e substituto Bourbon Shopping São Paulo, que como dissemos acima foi inaugurado no mesmo terreno em março de 2008.

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

Sair da versão mobile