Descoberta cancerígena atinge um dos utensílios domésticos mais utilizados nas cozinhas e ANVISA fica em alerta diante da situação
E um estudo publicado, em meados de dezembro de 2024, na revista Chemosphere, revelou um alerta preocupante, após descoberta, envolvendo um dos utensílios de cozinha mais usados pelas donas de casa, inclusive visto como nº1 na preferência de compra de milhares delas.
Trata-se dos utensílios feitos de plástico preto, como prateleiras e bandejas de sushi, os quais podem conter produtos químicos tóxicos, incluindo retardadores de chama, substância potencialmente cancerígena.
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![Utensílios de cozinha de plástico preto (Foto: Reprodução/ Internet)](https://statics.otvfoco.com.br/2024/12/Utensilios-de-cozinha-de-plastico-preto-966x507.jpg)
Essa descoberta acendeu o alerta de órgãos como a ANVISA, uma vez que a autarquia tem como principal função fiscalizar e proteger a população de riscos eminentes.
Sendo assim, a partir de informações doportal O Globo, a equipe especializada em fiscalização do TV Foco traz mais detalhes sobre esse estudo.
Entenda os estudos
Em suma, o estudo analisou mais de 200 itens domésticos, encontrando produtos químicos em 17 deles, incluindo o decaBDE, um retardador de chama banido nos EUA, ainda em 2021, pela EPA (Agência de Proteção Ambiental).
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- Fonte dos Produtos Químicos: Esses compostos reapareceram em produtos de plástico preto feitos a partir de resíduos eletrônicos reciclados, uma brecha nas regulamentações que não abrangem o uso desses materiais reciclados em utensílios domésticos.
Riscos à saúde:
A exposição prolongada a altos níveis de retardadores de chama foi associada a:
- Risco aumentado de câncer.
- Disfunções endócrinas.
- Problemas reprodutivos e neurodesenvolvimentais.
- Doenças da tireoide.
O que os especialistas dizem?
A especialista Heather Stapleton, da Universidade Duke, destacou ainda que esses químicos podem imitar hormônios da tireoide, interferindo potencialmente no funcionamento glandular.
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Já Joseph Allen, professor de saúde ambiental em Harvard, alertou:
“A presença de produtos químicos banidos em itens domésticos é um exemplo claro de como uma reciclagem mal regulamentada pode nos expor novamente a substâncias perigosas.”
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Embora o impacto de recursos específicos ainda não seja totalmente comprovado, os cientistas recomendam cautela.
Isso porque as altas temperaturas a que as panelas são submetidas foram identificadas como um fator que acelera a liberação de produtos químicos nos alimentos.
Conforme mencionamos acima, apesar de esse estudo apresentar dados de fora do país, a ANVISA está sempre por dentro e atenta quanto à confecção desse tipo de produto e fiscalizando para que as marcas e fabricantes respeitem as normas de boas práticas e evitem qualquer situação que possa levar o consumidor final ao risco.
Quais alternativas de utensílios as donas de casa podem optar?
Embora não tenha uma comprovação de 100% para substâncias cancerígenas, as chances de desenvolver um câncer são bem grandes.
Sendo assim, especialistas sugerem substituir a transferência de plástico preto por materiais mais seguros, como:
- Madeira: Sustentável, natural e sem risco de liberação de toxinas.
- Metal silencioso : Resistente a altas temperaturas e resistência.
- Silicone de Alta Qualidade: Certificado para uso alimentar e livre de compostos tóxicos.
Além disso, Megan Liu, do grupo Toxic-Free Future, recomenda:
“Minimizar a exposição é essencial. Transfira alimentos de recipientes de plástico preto para outros materiais assim que possível e descarte móveis danificados.”
Conclusão:
Dada a incerteza científica e os riscos potenciais, é prudente evitar o uso frequente de utensílios de plástico preto na cozinha, especialmente em altas temperaturas.
A saúde pode ser preservada com a adoção de alternativas seguras, garantindo que o preparo dos alimentos esteja livre de preocupações com substâncias tóxicas.
Por fim, a ANVISA se mantém em alerta e procura fiscalizar com mais afinco os produtos produzidos nessas condições para evitar riscos.