Depois de 35 anos a Globo anunciou no início dessa tarde o fim do programa “Vídeo Show”. A notícia pegou todos de surpresa, já que programa funcionava como uma espécie de “editorial” da empresa, visto a quantidade de produção própria e diária que a Globo produz para sua grade de programação.
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Uma das responsáveis pelo fim do Vídeo Show é o “simpático” Balanço Geral, que deixa pra exibir o quadro “A Hora da Venenosa” bem no horário do programa da Globo.
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Além dessa concorrência decisiva, o TV Foco separou alguns fatores que culminaram na extinção do “Vídeo Show” na maior emissora do Brasil:
Comparado com o “A Hora da Venenosa”, o “Vídeo Show” perdia “pautas quentes”, aquela relacionadas a famosos que não são da Globo. Fofocas, intrigas e notícias banais de muitos artistas que a Globo nunca exibiria em seu programa. Por exemplo: Marina Ruy Barbosa é chamada de Barbie, atriz é flagrada com drogas no carro e a mais recente: briga entre Gusttavo Lima e Alexandre Pires. Por mais que a Globo esteja moderninha e chega até mostrar imagens de concorrentes como SBT, ou da extinta Manchete, “O Padrão Globo de Qualidade” ainda estabelece limites para conteúdos em seus programas.
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Outro fator (ao meu ver mais importante) é a química desenvolvida entre os apresentadores: Reinaldo Gottino, Fabíola Reipert e Renato Lombardi. O programa encabeçado por Gottino consegue fazer uma transferência com leveza, apesar das fortes reportagens exibidas durante a parte policial do programa. Quando os três apresentadores assumem a bancada para fazer fofocas, roubam a cena. Com leveza, falam de todos os assuntos, debocham, ironizam e riem de si mesmos.
Já o Vídeo Show, não tem a mesma espontaneidade, Joaquim Lopes e Sophia Abrahão ficam presos a leituras do TP (telepronter) chamando matérias e com tempo cronometrado para interagir. Os dois até tentam uma brincadeira ou outra, mas não chegam a mesma simpatia que o trio da Record.
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A Hora da Venenosa também soube aproveitar melhor um recurso barato e eficiente: a internet. Eles não tem o menor problema em stalkear as redes sociais dos famosos, em ler o que os seguidores comentam e até transformar isso em matéria. Além de interagir com o público de casa de forma mais “orgânica”.
No Vídeo Show tudo é muito esquematizado, e quadrado.Para uma publicação de artista estrar no programa, além do famoso ter que fazer parte do elenco da Globo, a postagem deve ser perfeita e estar ligada diretamente com a pauta do dia, sem quebra de tema, sem jogo rápido, que a TV exige muito.
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Além dessas diferenças apresentadas (não que isso seja um problema para a Globo) mas a distinção de gastos dos programas também é um reflexo do que o público, tão extenso de faixa etária e também de classe social, busca nessa faixa de horário. Trazendo Sophia Abrahão para o início das suas tardes, a Globo de certa forma, mirava os seus quase cinco milhões e meio de seguidores, contra os dois milhões e trezentos de Fabíola Reipert. Isso também é um sinal de que o público das redes sociais é bem diferente do da TV. Vídeo Show ainda tinha em seu elenco uma série de repórteres em seus quadros. Tudo muito caro, mas eficiente para cobrir todos os bastidores dos Estúdios Globo.
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A Hora da Venenosa com uma verba bem mais enxuta e sem nada de externas, conseguia o mais difícil: a atenção do telespectador.
Vídeo Show irá fazer falta na TV, poucos programas dedicaram tempo para os bastidores das produções como ele. Em sua reta final acabou perdendo sua essência de apenas saciar a curiosidade dos telespectadores sobre o que acontece atrás das câmeras. A Globo deveria ter apostado mais na simplicidade, e talvez tentar uma exibição semanal. Por hora nos despedimos desse clássico, que com certeza deixará saudades.