Desfecho de “Velho Chico” supera críticas e eterniza Domingos Montagner

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Domingos Montagner em última gravação de "Velho Chico" com Camila Pitanga e Gabriel Leone (Foto: Renan Castelo Branco/Gshow)

Domingos Montagner em última gravação de “Velho Chico” com Camila Pitanga e Gabriel Leone
(Foto: Renan Castelo Branco/Gshow)

Na noite desta sexta-feira (30) “Velho Chico” faz sua despedida da tela da Globo. Marcado por duelos, confrontos familiares e romances proibidos, o folhetim superou diversas críticas, transcendeu o mundo teledramatúrgico e eternizou Domingos Montagner.

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Tida como a nova “O Rei do Gado”, trama de enorme sucesso de Benedito Ruy Barbosa exibida em 1996-97, “Velho Chico” andou longe na comparação no que se refere ao ritmo dos acontecimentos, os quais seguiram uma narrativa arrastada do início ao meio.

Com isso, a trama escrita por Benedito, Edmara Barbosa (filha) e Bruno Luperi (neto) tornou-se desacreditada pela imprensa e pelo público, que não viram elementos na novela capazes de reverter a situação.

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Todavia, a trama das 21h contou com uma fotografia cinematográfica digna de imagens deslumbrantes, uma trilha sonora arrepiante e um elenco tão forte ao ponto de conseguir superar a “crise”.

Merecem aplausos as atuações de Tarcísio Meira como o coronel Jacinto, Fabiula Nascimento como Eulália, Lucy Alves com sua Luzia, Rodrigo Lombardi como Ernesto Rosa, Gabriel Leone como Miguel, Selma Egrei e sua amarga Encarnação, Antônio Fagundes vivendo o coronel Saruê (interpretado por Rodrigo Santoro nas fases iniciais), Irandhir Santos e seu Bento, Camila Pitanga dando vida a protagonista Maria Tereza e, por fim, o inesquecível Domingos Montagner com seu Santo dos Anjos – protagonista da trama.

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Em uma mescla de ficção e vida real, Domingos Montagner perdeu a vida em um mergulho nas águas do rio São Francisco em Sergipe. Seguindo uma carreira ascendente, Domingos estava no auge de sua carreira, concluindo mais um trabalho com brilhantismo.

Após o falecimento do ator, os autores e diretores da trama decidiram que o personagem seguiria sua trajetória até o final através de uma nova linguagem: uma câmera em seu lugar. As últimas cenas gravadas por Domingos aliadas a essa decisão acertada da equipe emocionaram os telespectadores da novela.

Ante ao exposto, com a escrita dos Barbosa, a caprichosa direção artística de Luiz Fernando Carvalho e a força do elenco, “Velho Chico” conseguiu dar a volta por cima, teve sequências de tirar o fôlego e eternizou o grande artista chamado Domingos Montagner Filho.

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As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco

Autor(a):

Escreve artigos de opinião sobre televisão desde 2009. Enfermeiro, Mestrando da UFRN, autor de livro - Morte Gêmea - e contos, e apaixonado pelos afins da televisão. Integra a equipe do TV Foco/iG desde maio de 2013, assinando atualmente a coluna semanal ‘Ligado na TV’, na qual lança seu olhar sobre o curioso universo televisivo. (e-mail: danyllo@otvfoco.com.br)

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