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Despejo e demolição: Globo confirma fim de gigante em Recife, PE, e gera tensão em moradores após 60 anos

19/03/2025 às 13h03

Por: Lennita Lee
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Prédio histórico de Recife (PE) é demolido após seis décadas e Globo anuncia detalhes do processo, o qual gerou tensão entre moradores do entorno (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Pernambuco/Globo/GMNI)

Globo anuncia o desfecho impactante de gigante de Recife, PE, provocando momentos de tensão entre os moradores após seis décadas de história

A Globo, através do portal G1, confirmou ainda em maio de 2024 a ordem de demolição de um dos prédios mais antigos e históricos de Recife (PE).

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Trata-se do Edifício 13 de Maio, localizado no bairro da Boa Vista, no centro do Recife.

A decisão incluiu o despejo de ocupantes após 60 anos de disputas judiciais e alertas sobre o risco de desabamento.

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Sendo assim, a partir de informações obtidas pelo portal mencionado, a equipe especializada em urbanização do TV Foco, traz todos os pormenores desse fato e os momentos de tensão gerados entre os moradores do seu entorno.

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Decisão embolada:

A história do edifício remonta à década de 50/60, quando iniciaram sua construção.

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A Imobiliária União, dona do prédio, teve seu representante legal falecido. Heitor Maia Neto projetou o edifício, que conta com 11 pavimentos.

No entanto, eles não concluíram as obras, pois não aprovaram os projetos nem as licenças para a construção.

Edifício 13 de Maio sendo anunciado em  reclame publicitário em meados de 1959 (Foto Reprodução/YouTube)
Edifício 13 de Maio sendo anunciado em reclame publicitário em meados de 1959 (Foto Reprodução/Folha PE)

Com isso, deixou uma estrutura sem manutenção:

  • Em 2019, a prefeitura obteve uma liminar que autorizava a demolição caso os proprietários não realizassem a recuperação do imóvel.
  • No entanto, em setembro de 2020, uma nova decisão judicial permitiu a demolição independente de qualquer intervenção dos donos.
  • Mais tarde, em março de 2022, a Justiça determinou que os proprietários pagassem os custos da operação.

Laudos preocupantes:

No obstante, em maio de 2024, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reforçou a necessidade urgente de demolição.

O laudo do órgão indicou que o prédio apresentava um risco muito alto de colapso, podendo comprometer construções históricas vizinhas, como:

  • A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe);
  • O Palácio Joaquim Nabuco;
  • O Ginásio Pernambucano.

Além disso, a estrutura do edifício se encontra severamente deteriorada, com ferragens expostas e oxidadas.

Medidas urgentes:

A prefeitura do Recife, por sua vez, informou que, após sucessivas tentativas de responsabilizar os proprietários pela conservação do edifício, decidiu dar andamento à demolição por meio de licitação pública.

O edital para contratação de uma empresa responsável pela operação seria lançado até o final de abril de 2024.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que um prédio abandonado é demolido na região central do Recife por questões de segurança.

Edifício 13 de Maio, Recife, PE (Foto Reprodução/YouTube)
Edifício 13 de Maio, Recife, PE (Foto Reprodução/YouTube)

Em 2022, a Defesa Civil apontou risco de colapso num edifício de oito andares na Rua da Guia e, portanto, demoliram o prédio.

Além disso, a decisão afetou diversos comerciantes da área, que receberam uma notificação apenas dois dias antes do prazo final para a desocupação.

Reações e consequências à população e moradores:

A iminente demolição do Edifício 13 de Maio gerou tensão entre os moradores e comerciantes do entorno, preocupados com possíveis danos colaterais e impactos econômicos.

Isso porque, enquanto alguns apoiam a decisão, temendo um eventual desabamento, outros criticam a demora da prefeitura em resolver a situação e a falta de transparência no processo de despejo.

Despejo

Entre os afetados pela decisão judicial, está Andrea Góes, uma dona de casa que mora no terreno do Edifício 13 de Maio há 55 anos.

A construtora autorizou o padrasto de Andrea, um eletricista que trabalhou na construção do edifício, a erguer a residência na área do prédio em 1977.

Desde então, a família de Andrea nunca obteve oficialmente a posse da casa.

Com a falência da construtora e o falecimento do engenheiro responsável, a Justiça contatou a Andrea proprietária do terreno.

Assim, a decisão judicial havia ordenado seu despejo e a responsabilizou pelos custos da demolição, que poderiam chegar a R$ 2 milhões.

Andrea vive na casa com seu irmão, que tem deficiência, e enfrenta esse impasse judicial que se arrasta há anos.

Em 2021, a Justiça ordenou sua retirada temporária, mas, como a demolição não ocorreu, ela retornou à residência meses depois.

Ao retornar, ela ainda encontrou sua casa vandalizada, com portas e janelas roubadas, forçando-a a investir em novos reparos.

Edifício 13 de Maio sendo anunciado em  reclame publicitário em meados de 1959 (Foto Reprodução/YouTube)
Prédio na Rua da Guia antes da demolição (Foto Reprodução/YouTube)

Mas, afinal, o Edifício 13 de maio foi demolido no final das contas?

Agora, em março de 2025, a equipe da TV Foco apurou, através do canal oficial do Instagram “Pernambuco está ligado”, que a demolição ainda não foi concluída, embora o seu fim tenha sido devidamente decretado, conforme exposto pelo G1 acima.

Na denúncia, a legenda destaca: “Só sabe fazer festa: prefeitura do Recife segue sem conseguir demolir o Edifício 13 de maio, causando altíssimo risco a vizinhos e pedestres. Alguém tem um amigo engenheiro para indicar ao prefeito?

Perfil oficial no Instagram denunciou que o Edifício 13 de Maio ainda não foi demolido (Foto Reprodução/Instagram)
Perfil oficial no Instagram denunciou que o Edifício 13 de Maio ainda não foi demolido (Foto Reprodução/Instagram)

Ou seja, toda essa situação reflete a tensão e o desespero dos moradores que ainda sofrem com essa situação incerta e os riscos de desabamentos.

Conclusões:

Em suma, a Globo anunciou a demolição do Edifício 13 de Maio em Recife, após 60 anos de disputas judiciais e risco de desabamento, gerando tensão entre moradores e comerciantes locais.

A decisão, tomada pela prefeitura, visa garantir a segurança da área, mas afeta diretamente a vida de moradores como Andrea Góes, que vive no local há 55 anos.

Apesar do decreto de demolição, em março de 2025 o edifício ainda permanece de pé, refletindo a incerteza e o risco contínuo para a população.

Mas, para saber outros casos de despejos e demolições, clique aqui*.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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