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Despejo, falência e calote aos funcionários: Fim de emissora n°1 desespera telespectadores no RJ
22/04/2025 às 7h15

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O colapso que abalou o Rio: A falência de uma das maiores emissoras de TV, a qual rivalizou com a Globo, deixando milhares de cariocas desolados
A história da televisão brasileira carrega mais do que glamour, novelas inesquecíveis e personalidades marcantes.
Isso porque ela moldou gerações, ditou costumes e construiu pontes culturais em todos os cantos do país.
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Desde que os primeiros sinais chegaram aos lares na década de 50, a TV se transformou no principal elo entre o brasileiro e o mundo, desempenhando um papel crucial na informação, no entretenimento e até na educação.
Porém, por trás das câmeras e dos palcos iluminados, muitas emissoras viveram seus próprios dramas longe dos olhos do público.
Apesar da importância cultural e afetiva que carregavam, muitas delas não resistiram ao peso de crises financeiras, decisões mal planejadas e contextos políticos adversos, terminando suas jornadas de forma abrupta e traumática.
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Calote em funcionários e adeus de apresentadores: Falência de emissora popular como a Globo devasta o Brasil
Entre todas essas histórias de ascensão e queda, a TV Continental se destaca como um dos casos mais marcantes e dolorosos.
Assim, a partir de informações contidas e divulgadas pela TV Formosa, canal do Youtube, a equipe especializada em história da televisão brasileira separou detalhes sobre essa falência e os impactos gerados na nossa história.
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Breve introdução:
Reconhecida no Rio de Janeiro como uma verdadeira potência, a TV Continental ocupava o posto de maior rival da Globo durante boa parte das décadas de 1950 e 1960.
Sua grade recheada de programas populares e a contratação de grandes nomes da música e da dramaturgia nacional fizeram dela um símbolo de prestígio e inovação.
Mas o que começou como um sonho ousado terminou em ruínas…
A Continental não apenas encerrou suas atividades, como foi forçada a:
- Abandonar seus estúdios;
- Despedir funcionários;
- Desligar seu sinal.
O que deixou milhares de cariocas órfãos de uma das maiores paixões televisivas da época.

A ascensão da TV Continental:
Fundada pelos irmãos Carlos, Murilo e Rubens Berardo, a TV Continental foi oficialmente inaugurada em 1959, tornando-se a terceira emissora de TV a operar no Brasil.
E a sua estreia não passou despercebida, o próprio presidente da República da época, Juscelino Kubitschek, marcou presença no evento de lançamento, um reflexo da grandiosidade e da expectativa que cercavam o canal.
Durante seus anos de ouro, a emissora se destacou pelo pioneirismo técnico e pela força de sua programação.
A Continental foi uma das primeiras no país a utilizar videotape, o que revolucionou a forma de produzir e exibir conteúdo, além de permitir a gravação e retransmissão de programas com qualidade superior.
O canal também se orgulhava de ter em seu elenco nomes de peso, como a consagrada cantora Elizeth Cardoso e o então jovem galã Agnaldo Rayol, que se tornaram símbolos da casa e ajudaram a consolidar a audiência no Rio de Janeiro.
O estopim de uma queda anunciada
No entanto, por volta de 1970, os primeiros sinais do colapso começaram a se tornar visíveis nos corredores da emissora.
A gestão da TV Continental enfrentava dificuldades financeiras severas, que se refletiram de forma direta na vida dos funcionários e artistas.
Os salários começaram a atrasar e esse calote levou muitos profissionais a abandonarem seus postos.
Aqueles que permaneceram tentaram resistir até o último segundo, mas enfrentaram uma realidade sombria.

Isso porque artistas renomados passaram a relatar fome e desnutrição por conta da falta de pagamentos, o que foi visto como um dos episódios mais dramáticos da crise, conforme exposto pelo canal TV Formosa.
A situação era tão crítica que, para manter o sinal no ar, a emissora reduziu drasticamente a qualidade da sua produção:
- As instalações ficaram sucateadas;
- Estruturas sem manutenção;
- Equipamentos essenciais apresentando falhas diárias.
De uma sede de luxo a uma boleia de caminhão
Já em estado terminal, a TV Continental sofreu o golpe final: perdeu a sede que ocupava no Rio de Janeiro.
Sem recursos para alugar novos estúdios e com processos de despejo em curso, a emissora viveu uma situação inédita e humilhante: passou a transmitir diretamente da boleia de um caminhão, estacionado em locais improvisados, tentando sustentar um sinal cada vez mais frágil e irregular.
Esse episódio simbolizou a derrocada definitiva do canal, a imagem de uma emissora que outrora disputava audiência com a Globo reduzida a operar sobre rodas.
O fato não apenas chocou o público, mas selou seu destino.
Quando a falência da TV Continental foi consolidada?
A crise não passou despercebida pelas autoridades, as quais na época estavam sob regime militar.
Em 1972, o Conselho Nacional de Telecomunicações (CONTEL) solicitou a cassação da concessão da TV Continental.
Além disso, a mesma afirmou que a emissora não cumpria mais os requisitos operacionais mínimos.
O governo militar, liderado pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, acatou a recomendação e decretou oficialmente o fim da emissora.
Pouco antes disso, a Justiça já havia deferido o pedido de falência movido pelos próprios administradores da empresa, em reconhecimento ao colapso financeiro irreversível.
O que aconteceu com o que sobrou da TV Continental?
O fim da TV Continental não apagou completamente sua influência no mercado.
Pouco tempo após a cassação da concessão, o apresentador e empresário Silvio Santos surpreendeu o mercado ao adquirir a torre e os transmissores da antiga emissora.
Contrariando as expectativas — muitos achavam que os equipamentos não passavam de sucata.
No entanto, Silvio utilizou as peças para dar vida ao seu próprio canal: a TVS, que viria a se transformar no SBT anos mais tarde.
A compra também teve um efeito estratégico crucial:
- Os transmissores da Continental já estavam adaptados para a transmissão em cores;
- O que permitiu a Silvio sair na frente e se antecipar à adoção oficial do novo sistema, em 1972.
Conclusão
Em suma, a história da TV Continental é um retrato fiel da instabilidade que assombrou o início da televisão brasileira.
A emissora, que por anos dividiu o protagonismo com a Globo e embalou milhares de lares cariocas, acabou soterrada por uma combinação de má gestão, crise econômica e abandono institucional.
Seu fim foi tão trágico quanto simbólico: de referência nacional a emissora sem teto, encerrando suas transmissões em meio a falências e despejos.
E ainda que sua história tenha sido interrompida, seu legado vive, especialmente por ter pavimentado, mesmo em ruínas, o caminho de outras grandes redes.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências e muito mais, clique aqui*.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.