Dia do Swing e a Origem da Comemoração no Brasil

Neste sábado (10) de agosto, celebra-se o Dia do Swing, uma data que visa promover a prática da troca consensual de parceiros e a liberdade sexual. Com a crescente aceitação de relacionamentos não-monogâmicos no Brasil, essa comemoração se torna uma oportunidade de refletir sobre a evolução do swing no país e a importância de desmistificar essa prática. Especialistas como Marina Rotty e Marcio Wolf, pioneiros na discussão sobre não-monogamia consensual, têm contribuído significativamente para a popularização do swing e a educação sobre sexualidade.

A Origem do Swing no Brasil

O swing chegou ao Brasil na década de 1970, influenciado por culturas de outros países, especialmente os Estados Unidos e a Europa. Inicialmente, a prática era cercada de tabus e preconceitos, mas, ao longo dos anos, começou a ganhar espaço nas conversas sobre sexualidade. A crescente aceitação da diversidade sexual e das diferentes formas de relacionamento contribuiu para que o swing se tornasse mais comum e menos estigmatizado.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sexlog, uma plataforma brasileira dedicada ao sexo e ao swing, 50% dos brasileiros têm interesse em experimentar a troca de casais. Além disso, a pesquisa revelou que, entre os entrevistados que já visitaram uma casa de swing, 44,6% preferem tomar um drink com sua parceria em um ambiente liberal. Esses dados refletem uma mudança significativa nas atitudes em relação ao swing e à sexualidade no Brasil.

O Papel de Marina Rotty e Marcio Wolf

O Dia do Swing no Brasil surgiu de uma experiência vivida pelo casal Marina e Marcio durante um cruzeiro liberal em 2017. Ao ler um jornal que falava sobre o “International Swingers Day”, eles se perguntaram sobre a origem desta data. Após algumas pesquisas, descobriram que um grupo de swingers nos Estados Unidos havia estabelecido o segundo sábado de agosto para promover a prática da troca de casais. E assim começaram a difundir a data em solo brasileiro.

O casal integra o pioneirismo na discussão e promoção do swing e da não-monogamia consensual no Brasil. Com 25 anos de casamento e 16 anos de não-monogamia consensual, o casal fundou a CasaZ e o Grupo Z, onde compartilham suas experiências e conhecimentos sobre sexualidade e relacionamentos liberais. Através de suas redes sociais, blog e podcast, eles têm se dedicado a desmistificar a prática do swing e a promover um diálogo aberto sobre sexualidade.

“Amor sem liberdade não é amor, é medo”, afirma Marina. “Conhecemos o meio liberal e iniciamos nossa transição da monogamia para a não-monogamia, encantados com a energia vital que a liberdade sexual abriu em nosso relacionamento”, complementa Marcio. Essa visão tem ajudado a educar e apoiar casais que buscam explorar novas dimensões de intimidade e prazer.

A Importância do Dia do Swing no Brasil

O Dia do Swing é uma data que visa celebrar a liberdade sexual, a confiança entre parceiros e a quebra de tabus. Mayumi Sato, CMO do Sexlog, destaca que a data existe para promover a discussão sobre a prática e a aceitação da diversidade nas relações. “No Brasil, o swing tem encontrado um terreno fértil para se desenvolver e o Sexlog faz parte disso. É crescente o número de casais interessados em aprofundar a sua conexão, ampliando sua relação de intimidade enquanto exploram o prazer e o autoconhecimento”, afirma Mayumi.

Eventos e atividades são organizados para fomentar a troca de experiências e a conscientização sobre os benefícios do swing, como a descoberta da sexualidade, a ressignificação do amor e o fortalecimento da confiança entre parceiros. A celebração do Dia do Swing é uma oportunidade para que casais se conectem, compartilhem suas experiências e desmistifiquem a prática.