Diretor da Globo desabafa e fala sobre afastamento de William Waack: “Tem que doer quando precisa doer”
04/12/2017 às 9h40
O jornalista William Waack segue afastado de suas funções na Globo. Um vídeo onde ele tem uma atitude preconceituosa vazou e a direção da emissora decidiu, no mesmo dia, o colocar na geladeira. A direção do canal abomina qualquer ato que vá contra os princípios e norma da emissora.
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“A Globo tem uma missão, que está escrita há muito tempo, um compromisso que ela assumiu como empresa. De respeitar a diversidade, o talento, essa tremenda cor brasileira. Para ser respeitoso com o que você é e com o que pretende ser, tem que doer quando precisa doer”, afirmou Sergio Valente, em entrevista exclusiva para o jornalista Daniel Castro.
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Para o diretor não há diferença se esse profissional é maior e mais conceituado que o outro, o que interessa é a punição caso haja algo que contrarie a moral e os bons costumes. Além de Waack, por racismo, o ator José Mayer também segue afastado após ser acusado de assédio sexual.
“Tudo o que a emissora faz está alinhado com a rota de onde a gente quer chegar. A gente quer ser maior, muito melhor, um ambiente onde as pessoas se encontram, um lugar que traga as pessoas, onde os talentos queiram trabalhar. E a gente só vai conseguir isso sendo respeitoso”, declarou Valente.
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CINEGRAFISTA NEGRO FALA DE WILLIAM WAACK:
Como você já foi informado aqui no TV Foco, o jornalista William Waack teve seus trabalhos suspensos na Globo. Um vídeo em que ele fez uma piada envolvendo negros vazou na internet um ano depois do jornalista cobrir a vitória de Donald Trump nas eleições americanas.
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Com o ocorrido, muita gente reprovou a atitude do jornalista, que disse não se lembrar de ter dito a frase. Alguns integrantes do mundo do jornalismo, no entanto, saíram em defesa do ex-âncora do Jornal da Globo. Depois de Rachel Sheherazade, foi a vez de um cinegrafista ficar do lado de Waack.
Gil Moura, negro, que já trabalhou por anos com o jornalista, publicou um enorme texto em seu Facebook. Ele disse que não considera o colega racista. “Faz parte dos pouquíssimos globais que carregam o tripé para o repórter cinematográfico preto ou branco. Na verdade, não me lembro de ninguém na Globo que o faça”, revelou.
E ainda afirmou que Waack já lhe fez uma “boa ação”: “Convidou-me para ficar em sua casa, onde vivia com esposa e dois filhos, esposa essa a quem ele, preconceituosamente, chamava de “flaca” devido à sua magreza. Eu via como uma forma de carinho”.
Autor(a):
Rogério Frandoloso
Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.