Diretor explica decisão de acabar com o Tá no Ar na Globo: “O sucesso não é um lugar confortável”

Diretor Mauricio Farias (ao cent.) ao lado de Marcius Melhem e Marcelo Adnet. ( Globo/Raquel Cunha)

Diretor Mauricio Farias (ao centro) ao lado de Marcius Melhem e Marcelo Adnet. (Globo/Raquel Cunha)

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Considerado um dos melhores programas humorísticos da televisão brasileira na atualidade, com um estilo transgressor para os padrões da Globo, o Tá no Ar teve o seu fim anunciado pela emissora carioca: a sexta temporada, prevista para estrear em 2019, será a última. Apesar da audiência apenas razoável, o programa é sucesso de crítica e repercussão, e por isso, a decisão de encerrá-lo no próximo ano pegou muita gente de surpresa.

Em entrevista ao site da jornalista Cristina Padiglione, o diretor Maurício Farias explicou a decisão de colocar um ponto final no programa, que partiu da própria equipe criativa, liderada por Marcius Melhem e Marcelo Adnet. “O fato é que, para o artista, o sucesso não é um lugar muito confortável. Ele tem um preço, se você fica ali estacionado por muito tempo, esse preço vem”, afirmou.

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Farias tem no currículo outras produções de sucesso na Globo, como as séries Tapas & Beijos e A Grande Família, que curiosamente também pegaram o público de surpresa ao serem encerradas no auge. “Eu falei sobre isso com o Marcius e o Adnet quando começamos o Tá no Ar. Era a experiência que eu trazia. Tem que ter no mínimo dois anos de antecedência para anunciar que vai parar, entendeu? Na Grande Família, até o sexto ano a gente falava que aquele ano seria o último. Até que uma hora paramos de falar porque não nos mexíamos. Evidentemente, é sempre difícil dizer pra uma emissora: ‘olha, o programa é um sucesso e a gente quer parar'”, disse.

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A Globo, no entanto, não abrirá mão do trabalho e da parceria entre Farias, Melhem e Adnet, e já solicitou um novo projeto ao trio a partir de 2020. “A Globo combinou com a gente assim: vocês podem tirar o programa, mas proponham outro. A gente vai começar a trabalhar nisso a partir de agora. Não é fácil. Esse pedido da Globo é meio ingrato: criar um novo projeto ao mesmo tempo em que a gente produz a última temporada do antigo não é fácil. A gente tem uns 4 ou 5 meses de criação na redação, depois começa a gravar, e tem coisas que a gente faz de última hora, para deixar o programa mais quente”, declarou.

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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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