Emanuel Jacobina é o atual autor da novela Malhação que ganhou subtítulo Toda Forma de Amar. Na Globo, ele fez os mais variados trabalhos na cara como: TV Pirata, Casseta & Planeta Urgente, Os Trapalhões, Sai de Baixo, A Grande Família.
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No ramo das novelas, ele também assinou Coração de Estudante, Kubanacan e Beleza Pura. Já em Malhação, ele foi o responsável por escrever as temporadas Seu Lugar no Mundo e Pro Dia Nascer Feliz que passaram na telinha em 2016 e 2017.
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A trama traz histórias de amor vividas de diferentes formas. O que te motivou a escrever sobre esse tema?
Eu quis contar a história de duas mães que amam uma criança com a mesma intensidade, mas de maneiras diferentes, do ponto de vista da mãe biológica e da que adotou. Sempre quis escrever uma história que envolva adoção, acho importante apresentar a força e a grandeza do significado dessa atitude. A ideia é construir uma trama em que, através de diferentes tipos de relação, o amor é o sentimento que predomina, em especial a amizade. Achei importante ir além do amor romântico, embora eu também fale desse amor. O título Toda Forma de Amar se refere à história das duas mães e às diversas relações entre os personagens dentro da narrativa.
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Seis jovens testemunham um crime e se unem para lidar com problemas da nossa sociedade, como a violência urbana. Fale um pouco sobre como essa história vai movimentar a trama.
Estamos diante de uma situação, infelizmente, muito comum no Brasil e no Rio de Janeiro especialmente. O número de assassinatos é assustador, e as principais vítimas da violência no Brasil são jovens. Tenho filhos de 23 e 21 anos com plena autonomia para sair à noite e, para mim, é sempre um fator de preocupação. Minha intenção é abordar esse assunto buscando aquilo que há de melhor e de mais generoso no brasileiro: a empatia e a generosidade com o próximo. Não existe maneira de transformar nossa realidade se a gente não falar a respeito. Na dramaturgia, quando um crime acontece e é investigado, acontecimentos vão gerando novos fatos que trazem descobertas e implicam pessoas e situações. Ao longo da história, teremos várias reversões de expectativa sobre quem matou o rapaz e quais as motivações desse crime.
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Você é um dos criadores de Malhação, que, no ano que vem completa 25 anos no ar, quando essa temporada ainda estará sendo exibida. Como enxerga os tempos atuais da franquia?
Durante todo esse tempo Malhação segue sendo o único horário de dramaturgia diária que tem o jovem brasileiro como seu principal foco. Nesta temporada, temos atores adultos espetaculares, mas que dividem a responsabilidade de representar a história com um número muito maior de jovens. É a partir da existência do jovem que você conta a história dos outros personagens. Estamos trazendo uma renovação nessa temporada que é falar sobre a periferia das grandes cidades. A faixa etária de quem vive na Baixada Fluminense é mais jovem do que a de quem vive na zona sul ou na zona oeste do Rio de Janeiro. Estamos indo onde está a maioria da juventude brasileira: à periferia das grandes cidades.
É um desafio dialogar há tanto tempo com uma geração que muda de gostos e de pensamentos tão rápido?
Eu tenho estado sempre próximo de jovens por causa dos meus filhos. Isso, de certa forma, facilita que eu tenha elementos de linguagem e entenda a prosódia do jovem brasileiro. Para mim, é um grande prazer porque, quando você fala do jovem, está falando de energia e alegria. O que o distingue, de uma maneira geral, de pessoas mais velhas é a disposição e o entusiasmo pela descoberta da vida, o inusitado das experiências. O jovem te energiza e te traz alegria, é sempre muito bom escrever sobre ele.
Como está sendo a experiência de trabalhar pela primeira vez com o Carlos Araujo e repetir a parceria com o Adriano Melo?
Estou adorando trabalhar com o Carlos, é um excelente diretor e tem uma experiência enorme, com um número de novelas talvez maior do que eu e Adriano juntos. Agrega muito valor ter o olhar dele sobre o todo, sobre os critérios mais importantes da narrativa. Com o Adriano, tenho uma relação de amizade e de identidade artística. Já fizemos alguns trabalhos juntos, o mais recente foi ‘Pro Dia Nascer Feliz’, em que ele era diretor-geral. Eu o considero um grande diretor de elenco e um profissional que tem uma compreensão de transição de cena muito parecida com a minha escrita. Eu escrevo para que a entrada e saída da cena tenham um componente forte, e a tangente seja de comédia. E é muito bom encontrar um diretor que, ao dirigir, também pensa as cenas dessa forma.
O que o público pode esperar dessa temporada?
O público pode esperar muito entretenimento e humor. Temos diversos núcleos que lidam com as dificuldades do dia a dia com um humor impressionante. Também iremos discutir questões que nos afligem, como a violência urbana, o preconceito, a evasão escolar. O público pode esperar se sentir confortado por personagens e histórias que espelham o que há de melhor no ser humano. Especificamente, espelham a vontade que o ser humano tem de amar o próximo.