Dívida de R$184M e unidades lacradas: Falência de supermercado popular como o Assaí e clientes sem chão

O supermercado popular como o Assaí teve a falência decretada após uma dívida milionária; confira os detalhes

O Brasil é recheado de supermercados que suprem diversas carências básicas da população, como é o caso do Assaí Atacadista, Carrefour e muitos outros. Sem dúvidas, essas empresas fazem um sucesso gigantesco, principalmente, pela necessidade individual de cada um.

Todavia, nem todas as redes conseguem se solidificar no mercado. Aliás, algumas delas acabam indo ao fundo do poço e decretando a falência. E por falar nisso, dessa vez iremos tratar do adeus de uma empresa do segmento com uma dívida astronômica de R$ 184 milhões e lojas de portas fechadas.

O supermercado deixa para trás uma história marcada por crescimento acelerado e uma crise que expôs a fragilidade de sua gestão. Assim, o time de especialistas do TV FOCO, a partir de informações do TMA Brasil, traz à tona maiores detalhes do adeus.

Afinal, de qual empresa estamos falando?

Estamos se referindo ao caso do Grupo Modelo, uma das maiores redes de supermercados de Mato Grosso. Criada há mais de 30 anos, a rede popular como o Assaí Atacadista se consolidou como uma das principais redes da região Centro-Oeste.

No auge, ela operava uma série de lojas e empregava centenas de funcionários. Todavia, a expansão veio junto de um aumento nas despesas e complexidade da gestão financeira, dificultando o controle dos recursos da empresa.

Colapso

Ademais, o fim das atividades do Grupo Modelo veio a ser decretado em julho de 2014, quando a empresa entrou com pedido de falência por conta de uma dívida que alcançava R$ 184 milhões.

Vale dizer que, a falência acabou sendo marcada por uma série de disputas judiciais e pela necessidade de liquidar ativos para pagar os credores. Pela alta competitividade do segmento, onde o lucro nem sempre é grande, o Grupo Modelo se desequilibrou e não conseguiu lidar com custos operacionais e obrigações financeiras.

Diante disso, a situação acabou resultando no fechamento das portas e na perda da posição no mercado.

Penhora dos bens

Diante da falência, a situação se tornou ainda maior. Assim, em agosto de 2024, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira bateu o martelo e cravou a restituição de bens ao Banco Indusval, atual Banco Master, por uma dívida de R$2 milhões.

“Em análise dos autos e de todas as comprovações de intimação direcionadas ao administrador judicial, com retorno positivo, realizada nos autos de origem que tramitava em São Paulo, em consonância com as razões exaradas pelo Ministério Público entendo que não há o que se falar em inércia de parte autora em relação aos bens garantidos fiduciariamente, tampouco em renúncia da garantia”, relata uma nota divulgada pelo portal Folhamax.

Considerações finais

• O Grupo Modelo é uma das maiores redes de supermercados de Mato Grosso, que operava há mais de 30 anos;
• Todavia, a dívida de R$ 184 milhões, resultante de um crescimento acelerado e gestão financeira fragilizada, gerou a falência da rede;
• O fim acabou sendo decretado em julho de 2014, após aumento de despesas e dificuldades em controlar custos operacionais;
• Assim, em agosto de 2024, a juíza determinou a devolução de bens ao Banco Indusval (atual Banco Master) por uma dívida de R$ 2 milhões.

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O que acontece com as dívidas de uma empresa falida?

Em suma, os sócios e acionistas de uma empresa falida podem ser responsabilizados pelas dívidas, dependendo do tipo de sociedade e do grau de responsabilidade estabelecido. Em sociedades de responsabilidade limitada, os sócios não respondem com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa, salvo em casos de fraude ou má gestão.