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TRISTE FIM

Dívida de R$180 milhões, escândalo e falência: O triste fim de companhia aérea brasileira que chocou muitos

08/06/2023 às 9h20

Por: Diego Laureano
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Companhia aérea brasileira teve falência decretada (Foto: Reprodução / Internet)

O triste fim de companhia aérea brasileira que chocou muitos

Com dívida de R$ 180 milhões de reais, repleto de escândalo, uma companhia aérea brasileira teve falência decretada e chocou a muitos.

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Durante a pandemia o mundo todo passou por uma turbulência e tanto as empresas quanto os funcionários tiveram que lidar com vários imprevistos. Alguns conseguiram superar a crise e dar a volta por cima, já em outros casos, a situação foi diferente.

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O fato é que uma falência sempre causa tristeza, seja pelo desemprego de vários trabalhadores ou seja pelo sonho do seu fundador que acabou sendo frustrado no meio do caminho.

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Estamos falando da Itapemirim Transportes Aéreos ou simplesmente ITA, que foi uma companhia aérea brasileira, que teve suas atividades encerradas no dia 17 de dezembro de 2021 e seu Certificado de Operador Aéreo suspenso no dia 5 de maio de 2022 conforme divulgado de forma oficial pela própria Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

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Para quem não sabe, essa foi a segunda frustração da Itapemirim no setor aéreo. Em meados dos anos 90, a companhia aérea brasileira realizava voos fretados regionais entre Rio de Janeiro e São Paulo.

A empresa conseguiu junto à ANAC a autorização para subsidiar a América do Sul Táxi Aéreo e tinha até planos audaciosos para manter o seu principal hub no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

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Entre 1991 e 2000, a Itapemirim contava com 6 aviões Boeing 727, mas encerrou as suas atividades em 2000, quando todas as suas aeronaves tiveram a licença de voo suspensa, pelo também extinto Departamento de Aviação Civil (DAC).

Após 17 anos, mais uma tentativa do grupo Itapemirim como companhia aérea brasileira teve início. A empresa tentou realizar a compra da Passaredo que atuava em 9 estados brasileiros, mas devido o não cumprimento de algumas exigências contratuais, a venda foi desfeita.

Venda da Passaredo foi desfeita (Fernando Battistetti / Divulgação / VEJA)

Venda da Passaredo foi desfeita (Fernando Battistetti / Divulgação / VEJA)

INÍCIO DE UMA ERA?

Já durante a pandemia, no mês de abril de 2021, o primeiro A320 da frota de prefixo PS-SPJ, realizou alguns voos de testes com o intuito de conseguir a certificação, saindo do aeroporto de Guarulhos e indo para Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

No final do mês de abril veio a boa notícia e a companhia aérea conseguiu o aval da ANAC, tendo o seu Certificado de Operador Aéreo (COA) emitido no dia 30 de abril de 2021.

Sendo assim, poucos meses depois, no primeiro dia de julho de 2021, após conseguir a outorga que autorizava a realizar voos comerciais, a Itapemirim iniciou as suas operações.

Em 31 de maio de 2021, já começou algumas mudanças na grupo com o afastamento do diretor executivo da companhia aérea. No mês de agosto, a Itapemirim chegou a comemorar a marca de mil voos.

Outro marco importante foi o fato da companhia realizar o primeiro voo com tripulação 100% feminina, uma iniciativa associada ao Outubro Rosa, mês de conscientização e prevenção do câncer de mama.

A partir do dia 16 de novembro de 2021 iniciou-se os voos entre o Galeão e Congonhas, um dos aeroportos mais “cobiçados” pelas companhias aéreas brasileiras, devido ao seu alto número de passageiros.

Companhia aérea brasileira teve falência decretada (Foto: Reprodução / Internet)

Companhia aérea brasileira teve falência decretada (Foto: Reprodução / Internet)

INÍCIO DOS TRANSTORNOS?

Acontece que os problemas se tornaram recorrentes. Além de voos internacionais não regulares, o número de reclamações de passageiros e funcionários chamou atenção. Cancelamentos e remarcações de voos sem aviso prévio provocou transtorno em vários clientes.

Entre os viajantes as reclamações eram ineficazes em seus canais de atendimento. Já entre os funcionários, a empresa se envolveu em um verdadeiro escândalo por atrasar o pagamento de salários, FGTS, plano de saúde suspenso entre outros problemas trabalhistas.

Com uma grande crise financeira no Brasil, o estopim para o fim da companhia área foi sobre uma empresa aberta no Reino Unido por Sidnei Piva de Jesus, o até então proprietário do Grupo Itapemirim no valor de R$ 6 bilhões de reais.

O dono da empresa foi acusado por investidores de ter aplicado um golpe com vendas de criptomoeda, pois não teria devolvido cerca de R$ 400 mil em investimentos.

FIM DOS SERVIÇOS PRESTADOS?

Na época, a própria companhia aérea comunicou para a imprensa e em suas mídias oficiais a suspensão da operação de voos, cancelando tudo temporariamente e sem previsão de retorno.

“O Grupo Itapemirim informa que, por iniciativa própria, suspendeu temporariamente as operações de sua companhia aérea, a ITA, no início da noite desta sexta-feira (17) para uma reestruturação interna. A decisão foi tomada por necessidade de ajustes operacionais. A ANAC já foi informada da decisão. A ITA lamenta os transtornos causados e afirma que irá continuar prestando toda assistência aos passageiros impactados, conforme prevê a resolução 400 da ANAC”, disse em nota ao Portal AEROFLAP.

ITA Transportes Aéreos do grupo Itapemirim não pode mais atuar com transportes aéreos (Foto: Reprodução / Internet)

ITA Transportes Aéreos do grupo Itapemirim não pode mais atuar com transportes aéreos (Foto: Reprodução / Internet)

No mesmo dia, 17 de dezembro de 2021, a ANAC suspendeu o Certificado de Operador Aéreo (COA) da empresa. Já no ano seguinte, no dia 05 de maio, a Agência Nacional de Aviação Civil cassou o Certificado de Operador Aéreo, segundo aponta a Portaria nº 7.940 publicada no Diário Oficial, pois a empresa não atendeu os requisitos operacionais para manter o COA ativo.

Desde maio de 2022, a ITA não conta com aeronaves em serviços. Caso a mesma queira retomar as atividades, deverá recomeçar todo o processo de certificação.

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Autor(a):

Sou formado em Teatro, Produção Audiovisual e Jornalismo e completamente apaixonado por comunicação. Já atuei em emissoras de TV como Assistente de Produção e Redator em portais de entretenimento. Escrevo sobre televisão e seus bastidores, com responsabilidade, clareza, leveza e muito amor desde 2008. Mas a minha realização profissional está no Departamento de Novelas e Realities, no qual faço parte no TV Foco desde 2022. Além de Redator, atuo como Co-Apresentador das Lives do site no YouTube, às terças e sextas-feiras. Minhas redes sociais são: [email protected]

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