Reviravolta: Com dívida milionária, empresa amada por brasileiros dá a volta por cima após 23 anos
Em uma reviravolta surpreendente, uma das empresas mais queridas do Brasil, que enfrentava a falência desde o ano 2000, finalmente deu a volta por cima, deixando para trás uma dívida colossal de aproximadamente R$800 milhões de reais.
Com cerca de 400 milhões de reais em ativos tangíveis e intangíveis, a empresa se encontrava à beira do precipício financeiro e hoje vive uma situação inacreditável, que vem deixando muitos de queixo caído. Entenda!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Reviravolta
Durante o longo processo de falência, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Falências e Recuperação Judicial de Cuiabá, tomou uma decisão inovadora que resultou na criação de uma nova sociedade para administrar e operar a massa falida da Olvepar, revelou a Veja.
Com essa medida, os credores agora têm a possibilidade de se tornarem acionistas da sucessora da empresa ou optar por ter a nova sociedade assumindo suas pendências e pagando de acordo com um cronograma pré-estabelecido.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Esta decisão judicial abriu um caminho antes improvável para a recuperação financeira, trazendo um benefício pouco visto para os credores, que, em casos de falência, costumam receber valores significativamente abaixo de sua avaliação real.
No caso específico da empresa em questão, os credores foram agraciados com 100% do valor da avaliação para os ativos da massa falida, com uma vantagem, principalmente, aos quirografários.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em situações normais, os credores quirografários, que são aqueles que possuem dívidas não garantidas e geralmente estão no final da fila para receber, podem enfrentar grandes desafios para recuperar seus investimentos, muitas vezes recebendo uma fração mínima do valor.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, a determinação de atribuir 100% do valor da avaliação nesse caso específico proporcionou uma vantagem significativa aos quirografários, garantindo-lhes um retorno integral e inesperado.
Esse desfecho positivo representa um contraste marcante no mercado brasileiro, onde a liquidação ordinária poderia ter deixado os credores quirografários sem qualquer recebimento.
A decisão judicial não apenas salvou uma empresa amada, mas também abriu precedentes para uma abordagem mais equitativa em futuros processos de falência.
O que acontece com uma empresa em falência?
Quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras insuperáveis, ela pode entrar com um pedido de falência. Esse processo envolve a avaliação de ativos e passivos, a nomeação de um administrador judicial e a venda de ativos para pagar os credores.
O pagamento aos credores segue uma hierarquia legal. Os credores garantidos são geralmente pagos primeiro, seguidos pelos quirografários.
Após o pagamento, a empresa pode ser encerrada ou buscar reestruturação. O objetivo é resolver as dívidas de maneira justa e ordenada, de acordo com as leis e regulamentações locais.