Gigante em prestação de serviço para bancos e instituições se afunda em uma dívida de R$178 milhões e recorre a leilão para honrar compromissos e toma medidas para fugir da falência
Uma das maiores empresas em prestação de serviços para grandes instituições, incluindo bancos e hospitais, vista como nº1 no setor, se arrasta em uma crise há anos e luta contra a falência após se afundar em dívidas.
Trata-se da Servi-San, fundada ainda em 1968 e que, apesar de ter nascido no Piauí, PI, expandiu suas atividades para diversos estados, oferecendo segurança, conservação e transporte de valores.
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Inclusive, com filiais em 12 estados e no Distrito Federal, o Grupo Assis Fortes, do qual a Servi-San é a principal empresa, chegou a empregar mais de 13 mil funcionários, garantindo serviços essenciais a grandes instituições financeiras.

Sendo assim, a partir de informações do portal JusBrasil, Conjur e GPI, a equipe do TV Foco, especializada em economia, traz mais detalhes dessa situação devastadora e seu status atual.
Crise financeira e recuperação judicial
Conforme dito acima, apesar do crescimento e do reconhecimento no mercado, a Servi-San acabou se afundando em uma grave crise financeira.
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Em 2019, o grupo entrou com um pedido de recuperação judicial após acumular dívidas que ultrapassavam R$ 178 milhões.
O pedido buscava renegociar os valores devidos e evitar a falência, assegurando a continuidade das atividades e a manutenção dos empregos.
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Desde então, a empresa tem cumprido os termos da recuperação, mas a situação ainda é delicada.
Pedido de falência pelo MPU
Sua situação era tão preocupante que o próprio Ministério Público do Piauí pediu a falência da empresa, em fevereiro de 2024, argumentando que o plano de recuperação não demonstrava viabilidade econômica.
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Entretanto, em abril de 2024, o juiz Teófilo Rodrigues Ferreira negou o pedido, reforçando a importância da preservação dos empregos e dos direitos dos credores.
Funcionários sem receber:
No entanto, de acordo com o portal O Dia, essas mesmas dificuldades financeiras resultaram em atrasos salariais para seus funcionários desde, pelo menos, 2014.
Naquele ano, mais de 2 mil trabalhadores estavam com salários atrasados, levando a Justiça do Trabalho a determinar que o Estado do Piauí e a Prefeitura de Teresina pagassem cerca de R$ 5,1 milhões à empresa para regularizar os vencimentos pendentes.
Inclusive, um deles veio a público fazer um apelo para as autoridades, a fim de conseguir receber os valores que lhes eram de direito.
O mesmo alega que, no caso deles, desde 2017 a situação se arrastava, conforme podem ver no vídeo abaixo:
Manifestação da empresa
Porém, o administrador judicial da empresa, Jorge Ivan, assegurou que a Servi-San seguiu operando com cerca de mil funcionários e seguiu cumprindo os acordos estabelecidos na recuperação judicial:
“A Recuperação Judicial é um processo lento e demorado, mas a empresa está saudável, cumprindo todos os termos acordados no processo. A expectativa é que logo o processo se encerre”.
A diretoria da Servi-San também declarou que está comprometida em garantir a estabilidade da empresa e proteger os postos de trabalho.
Segundo o comunicado oficial, “A Servi-San tem um histórico sólido e segue focada na sua reestruturação financeira para continuar atendendo seus clientes com excelência e responsabilidade.”
Leilão de imóvel para quitação de dívidas
Enquanto isso, a Comercial Elétrica Brasil Ltda, uma das credoras, conseguiu na Justiça a autorização para leiloar um imóvel de Francisco de Assis Veras Fortes, dono do grupo, localizado em uma área nobre de Teresina.
O leilão, que estava previsto para março de 2024, foi parte da tentativa de satisfazer os credores.
Avaliado em R$ 18 milhões, o imóvel teve lance mínimo de R$ 18,1 milhões inicialmente e R$ 14,5 milhões na segunda fase, se não arrematado.
O administrador judicial destacou que o leilão não impactaria a recuperação judicial, pois era uma ação individual de um credor específico.
No entanto, não foram encontradas as informações se houve ou não o arremate.
Qual é a situação atual da Servi-San?
Conforme apurado através dos principais veículos de informação, o futuro da Servi-San ainda é incerto, mas a empresa continua operando e buscando superar a crise financeira.
O administrador judicial ressalta que a recuperação é um processo longo, mas a empresa cumpre suas obrigações e pode alcançar estabilidade.
Apesar dos desafios, a companhia reafirma seu compromisso com a excelência nos serviços e a sustentabilidade financeira, garantindo continuidade e solidez para os próximos anos.
Observação extra:
Ao pesquisa-la no Google a mesma surge com boas avaliações, apesar de ainda enfrentar a crise:
Conclusão:
Em suma, a história da Servi-San evidencia sua importância no setor bancário, os desafios financeiros enfrentados e os esforços para evitar a falência.
Apesar das dificuldades, a empresa segue ativa, mantendo empregos e buscando recuperar sua saúde econômica.
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