Duas das maiores empresas de café de Minas Gerais enfrentam uma crise financeira ferrenha, acumulam dívidas de R$2,1 bilhões e lutam para evitar a falência neste ano de 2025
E duas das maiores produtoras de café da região de Minas Gerais passam por um período delicado e afundam em meio a dívidas de bilhões e apelo para escapar da falência.
Tratam-se da Atlântica Exportação e Importação e da Cafebras, ambas pertencentes ao Montesanto Tavares Group Participações, além da Companhia Mineira de Investimento em Cafés.
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Em nota conjunta, ambas anunciaram o pedido de recuperação judicial devido a uma dívida superior a R$ 2,1 bilhões, solicitando, ainda, um período de carência de 60 dias.

O processo foi distribuído à 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte e reflete uma crise econômico-financeira agravada por:
- Inadimplências de produtores;
- Altas nos preços do café;
- Desvalorização do real frente ao dólar.
A situação das empresas, referência no mercado de café arábica, preocupa o setor, especialmente com a alta de mais de 120% nos preços futuros do grão em 12 meses.
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Esse mesmo cenário tem impactado tanto produtores quanto exportadores, gerando um efeito cascata na cadeia produtiva.
Diante disso, a equipe especializada em economia do TV Foco, baseada em informações do portal Canal Rural e do site oficial do grupo, traz mais detalhes desses fatos e as expectativas que ambas ainda nutrem em meio à crise.
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Por dentro de tudo
Conforme listamos acima, as empresas atribuem a crise à inadimplência dos produtores, aumento dos preços do café e desvalorização do real frente ao dólar, afetando a cadeia produtiva.
Outro fator é o alto número de rolagens, prorrogações do prazo de entrega, que pressionam o fluxo de caixa das empresas, agravando a crise financeira. As empresas buscam um plano “responsável e equilibrado” para evitar piores consequências.
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Em nota, elas reiteram o compromisso com colaboradores, clientes, produtores e credores, destacando que estão engajadas em encontrar uma solução que preserve os interesses de todas as partes envolvidas.
Veja na imagem abaixo a declaração na íntegra:
Histórico e importância das empresas no mercado:
A Atlântica Exportação e Importação e a Cafebras são empresas tradicionais no mercado de café brasileiro, com décadas de atuação:
Fundadas no século XX, elas se consolidaram como importantes players na exportação de café arábica, variedade que representa a maior parte da produção de cafés de alta qualidade no Brasil:
- A Atlântica Exportação e Importação é responsável por 8% das vendas de café arábica do Brasil, sendo uma das principais exportadoras do grão.
- A Cafebras tem uma trajetória marcante, atuando no mercado interno e externo, contribuindo para a posição do Brasil como maior exportador mundial de café.
Ambas as empresas fazem parte do Montesanto Tavares Group Participações, um grupo empresarial com forte presença no agronegócio brasileiro.
A Companhia Mineira de Investimento em Cafés, outra envolvida no processo, também tem papel relevante no setor, atuando na intermediação e comercialização de café.
Qual é a expectativa para a Atlântica Exportação e Importação e a Cafebras?
Especialistas apontam que a recuperação judicial de ambas as empresas pode ser uma oportunidade para as empresas reestruturarem suas dívidas e se reorganizarem financeiramente.
No entanto, o sucesso desse processo dependerá de vários fatores, como a capacidade de negociação com credores e a recuperação do mercado global de café.
Enquanto isso, as empresas seguem operando, buscando manter sua presença no mercado e honrar seus compromissos.
O desfecho desse caso será acompanhado de perto por todos os envolvidos no setor, dada a importância dessas companhias para a economia cafeeira do Brasil.
Por que o café entrou em crise em 2025?
Assim como o caso das empresas citadas, a produção de café em geral enfrenta uma crise em 2025 devido a fatores climáticos, logísticos e econômicos.
De acordo com o G1, o calor excessivo e a seca prejudicam a produção em Minas Gerais e São Paulo, afetando a qualidade dos grãos e causando perdas nas lavouras.
Os custos de transporte e logística aumentaram, agravados por conflitos internacionais e guerras no Oriente Médio, que encarecem as exportações.
Além disso, o aumento no preço de insumos agrícolas, a dependência de importações e a incerteza sobre a safra 2025/2026 pressionam os produtores, mesmo com a demanda global em alta.
Conclusões:
Em suma, duas das maiores empresas de café de Minas Gerais enfrentam uma crise ferrenha em 2025.
A Atlântica Exportação e Importação e a Cafebras acumulam dívidas de R$2,1 bilhões e lutam para evitar a falência.
Envolvidas no processo, também temos a Companhia Mineira de Investimento em Cafés, todas do Montesanto Tavares Group Participações.
Por fim, a crise é agravada por inadimplências, altas nos preços do café e desvalorização do real.
Mas, para saber sobre mais casos de recuperações envolvendo grandes empresas, clique aqui*.