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Dívidas de 4 bi e mil lojas fechadas: Maior varejista do Brasil reverte falência e ressuscita com novo nome

22/11/2023 às 7h10

Por: Vitor Silva
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Falência de loja (Reprodução/internet)

Rede de loja querida e amada por muitos brasileiros teve sua volta ao mercado e deixou milhares chocados

Uma rede de mercados conhecida por muitos entrou a beira da falência, contudo, a mesma conseguiu ressurgir no mercado e com um novo nome, chocando a todos.

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Após enfrentar sérias dificuldades financeiras que levaram o fundador Ricardo Nunes a deixar a Ricardo Eletro à beira da falência, a empresa teve que fechar todas as lojas, mantendo apenas suas operações online. Em 2022, enfrentou três declarações de falência, todas posteriormente revertidas.

Durante um desses períodos, a empresa ficou 45 dias sem realizar vendas, acumulando uma dívida de R$ 4 bilhões com credores conforme relatado na recuperação judicial.

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Ricardo Eletro (Reprodução/Internet)

Ricardo Eletro (Reprodução/Internet)

No auge, a Ricardo Eletro contava com quase 30 mil funcionários e faturava cerca de R$ 10 bilhões ao ano, competindo com grandes do setor, como Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia.

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Em 2020, para reequilibrar as contas e garantir sua sobrevivência, a empresa precisou fechar todas as unidades. Sob a gestão de Pedro Bianchi, vindo do fundo Startboard, o Grupo Máquina de Vendas, detentor da Ricardo Eletro após a fusão com a varejista Insinuante em 2011, está gradualmente se recuperando.

No ano passado, a empresa ampliou seu catálogo online de 3 mil para 10 mil produtos e registra 25 mil visitas mensais em seu e-commerce. Bianchi revelou planos para abrir duas lojas físicas em Minas Gerais em fevereiro, com intenção de buscar crédito para mais três unidades.

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Essas lojas serão identificadas sob a marca “Nossa Eletro”. A Máquina de Vendas, além de suas iniciativas comerciais, está negociando a quitação do passivo fiscal de R$ 1,2 bilhão com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Com a crise na Americanas, a Máquina de Vendas vislumbra oportunidades, embora enfrente desafios na reconstrução de sua marca após quase desaparecer do mercado.

Especialistas apontam que varejistas online de grande porte, como Mercado Livre, Shopee e Magazine Luiza, podem adquirir parte dos produtos originalmente destinados ao estoque da Americanas. A Ricardo Eletro também pode se beneficiar absorvendo uma parcela desses produtos.

O caso da Máquina de Vendas ocorreu em um contexto diferente da Americanas. Em 2018, quando iniciou a recuperação extrajudicial, o cenário de compras online era incipiente. Hoje, o comércio online representa mais de 10% do faturamento do varejo, crescendo 5% em 2022, alcançando R$ 169,6 bilhões.

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Em 2023, a previsão era de R$ 186 bilhões, com um valor médio anual de compras de R$ 470. A reorganização do mercado não depende mais apenas do varejo físico.

Fundada em 1989 por Ricardo Nunes, a Ricardo Eletro, que chegou a ter mais de 1.200 lojas, faturamento de R$ 9,5 bilhões e 28 mil funcionários, enfrentou dificuldades financeiras a partir de 2015, com acusações de sonegação de impostos contra Nunes. O juiz do processo de falência declarou a inviabilidade econômica do grupo, especialmente após o fechamento das lojas durante a pandemia. No entanto, a empresa recorreu da decisão.

A Ricardo Eletro agora opera sob o nome Nossa Eletro, a empresa planeja abrir entre 18 e 20 unidades até o final de 2023, atingindo a marca de 50 lojas em 2024.

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Nossa Eletro (Reprodução/internet)

Nossa Eletro (Reprodução/internet)

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O que faz hoje o dono da Ricardo Eletro?

Após concluir a venda da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes optou por realizar uma transição de carreira para o setor de educação de negócios.

Fonte: InfoMoney.

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