Do luxo à falência: cantora dá a volta por cima, vence a depressão e comenta volta às trilhas sonoras da Globo
21/10/2018 às 11h58
Felizmente ou infelizmente, muita gente não prospera no meio artístico, por mais que tenha feito muito sucesso no passado. A protagonista dessa matéria é uma cantora que reinou por vários anos aqui no Brasil e suas canções fizeram enorme estrondo, inclusive nas novelas da Globo.
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Estamos falando da cantora Deborah Blando, que, aos 49 anos, está melhor do que nunca e, para completar, está voltando à cena artística com direito a música em trilha de novela (O Tempo Não Para). Ela interpreta a canção One Truth na história de Samuca e Marocas.
Em 1992, a artista ítalo-brasileiro lançou o disco “A Different Story” nos EUA e na Europa. Depois, o álbum chegou por aqui com três músicas que, de cara, entraram nas novelas “Perigosas Peruas”, de 1992, “Deus nos Acuda”, em 1993, e “O Mapa da Mina”, do mesmo ano.
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Sobre as músicas de novelas, ela admite: “Tenho um legado em novelas. Tanto que no meu show novo as pessoas gritam: ‘Tema de novela, tema de novela!’. Minha carreira toda no Brasil, de certa forma, foi baseada nessas músicas. Existe um inconsciente coletivo no qual minha voz já se tornou ligada às novelas”, conta.
Ao gravar “One Truth”, Deborah não teve dificuldades para levar a música à novela das 19h. O atual diretor musical da Globo, Marcel Klein, já a conhecia. “Quando voltei da Inglaterra, fiz o clipe e mostrei a ele. Queria saber o que ele achava, sempre pedi conselhos a ele. E ouvi: ‘Isso é música de novela’. Das quatro músicas do EP, ele gostou de três”.
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Há 10 anos, as coisas começaram a desandar em sua vida: “Fiquei perdida. Tentei ter filho, uma família e não deu certo, não conseguia engravidar. A relação não deu certo, não casei. Larguei os EUA, empresário e gravadora. Aí que veio o processo de depressão e os remédios”, relembra.
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“Me medicava muito, estava abusando de remédios. Os médicos me davam medicamento para depressão para não fazer besteira, não surtar, mas aí você fica robótica. Aí te dão ritalina, que é igual cocaína, que comecei a tomar para levantar. Um derruba e o outro levanta”.
Mas a artista diz saber de onde vem boa parte de seus problemas: “Na minha carreira, tudo foi muito rápido. Comecei com três anos de idade, com dez anos já era profissional e, com 12, gravei o primeiro disco e fazia turnê. Passei por cima de mim. Fiz terapia um tempão e não adiantou porque tinha que me criar do zero”.
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Aos 49 anos e hoje budista, ela revela que se dedicou bastante à religião nos últimos tempos: “A energia positiva é tão forte que você sai do retiro e parece que fez botox, rejuvenesce dois anos. A voz volta, o organismo funciona melhor. Hoje em dia foi comprovado cientificamente que a medicação afeta a saúde”.
Mais serena, ela conta como está agindo hoje com a careira e com música em novela da Globo: “Você vê [o que o budismo faz]. Se fosse há dez anos e eu tivesse com uma música na novela e eu ainda sem fechar com ninguém de assessoria de imprensa, empresário, estaria surtando”, contou, aos risos.
Ela confessa que já ganhou rios de dinheiro, mas acabou falindo: “Vivo de direitos autorais porque sou compositora. Toco até hoje no mundo inteiro. Daí vem meu maior capital. O que eu tinha eu torrei com viagens pelo mundo, pagava tudo para todo mundo, ajudei ONGs. Ainda bem que tenho essa fonte, senão eu estava ferrada. Não fui inteligente, não [risos]. Hoje faria diferente”.
Com informações do Uol.
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