Crise econômica e onda de falências estão se espalhando pelo país e não estão perdoando nem os nomes mais fortes do mercado
Como mencionamos em inúmeras matérias, muitas empresas não estão aguentando a forte crise financeira e estão fechando as suas portas ou, até mesmo, vendendo ativos para a concorrência afim de conseguir sobreviver.
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Mas para surpresa de muitos, algumas varejistas do ramo de supermercados também estão cambiando pelo mesmo caminho.
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Entre esses varejistas nós temos dois em especial que chega a ser difícil de acreditar, que são a rede Big e a famosíssima Makro, e é sobre elas que iremos falar hoje.
Makro
Apesar de estar ativo em nosso país desde 1972, a empresa holandesa está vendendo inúmeras unidades espalhadas pelo país e tudo indica que já está de malas prontas e se prepara para sair do país.
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Pois é, só no fim de janeiro, o grupo Makro vendeu 16 lojas e 11 postos de combustível para a rede paranaense Muffato. Três dos imóveis ficam na capital paulista, três na Grande São Paulo e os dez restantes, no interior.
Vale mencionar que no ano de 2020, parte das lojas do Makro, administrado pelo grupo holandês SHV, foram vendidas ao Grupo Carrefour Brasil. Se tratavam de 29 unidades pelo valor total de R$ 1,95 bilhão.
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Foi no ano de 2022, que o Grupo Muffato adquiriu 16 lojas e 11 postos de gasolina da mesma rede atacadista.
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É válido dizer que o Makro chegou a contratar o Santander para encontrar um comprador para as 24 lojas que ainda possui no Brasil, esperando angariar R$ 2 bilhões com as unidades
Vale destacar que além de atuar no Brasil desde 1972, como mencionamos, o Makro também mantém operações em outros países da América do Sul, sendo eles Venezuela, Argentina e Colômbia, e todos eles contam com um grupo de 8 mil funcionários.
Big
O hipermercado Big, que teve um verdadeiro boom nos anos 2000 também não suportou a crise e foi comprado por outro grupo fortíssimo do ramo, o Carrefour.
Essa transação foi iniciada logo no mês de maio de 2022, já promoveu o fechamento de inúmeras lojas espalhadas pelo país, na época. A compra foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
Essa compra custou aos cofres do Carrefour 7,5 bilhões de reais. Essa fusão fez com que o Carrefour aumentasse a sua presença nas regiões do Sul e no Nordeste, aonde o grupo francês identificou uma forte maneira de expandir os seus formatos tradicionais, como hipermercados e atacadões.
De acordo com a Exame, antes de ser vendido, o Grupo BIG detinha o ativo imobiliário de 181 lojas e 38 propriedades adicionais, totalizando aproximadamente R$ 7 bilhões de valor imobiliário.
Como consequência da compra as unidades Maxxi se tornarão bandeira Atacadão – e parte das lojas BIG e BIG Bompreço em bandeiras Atacadão ou Sam’s Club (clube de compras que reúne mais de 2 milhões de membros e tem um forte apelo de produtos de marca própria).
Stéphane Maquaire, CEO do Grupo Carrefour Brasil fez a seguinte declaração na época:
“Esse é um momento histórico para nós, que sempre acreditamos na integração com o Grupo BIG como oportunidade de fortalecer nossa presença e diversificar nossos produtos e serviços no Brasil. Dessa fusão surge o líder do setor, com mais de mil lojas físicas, e o maior empregador privado do país, com 150 mil colaboradores.”
Qual foi o primeiro hipermercado do país?
Os estudiosos do varejo consideram que os brasileiros só conheceram o primeiro hipermercado nativo, de fato há 44 anos, mais precisamente em 7 de junho de 1974, com o início das operações do Ultracenter, da Ultralar, na zona sul de São Paulo.