Duramente criticada, Globo se pronuncia sobre escalação de atores brancos em novela que se passa na Bahia

Adriana Esteves (Laureta) em cena de Segundo Sol; atriz será a grande vilã
(Foto: Reprodução/Globo)

Após um mês, a Globo encerrou as gravações de Segundo Sol, sua próxima novela das nove, na Bahia. A trama, que vai falar do protagonismo que cada pessoa exerce em relação à sua própria história e mostrar que todos podem buscar uma nova chance, passou por diversas cidades baianas.

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Agora, com o início das gravações em estúdio e os primeiros teasers divulgados, está sendo exibida as primeiras chamadas da trama.  “Só você pode dar uma nova chance para sua vida”, diz uma das divulgações. O foco no vídeo é no núcleo que envolve Emílio Dantas, que interpretará o protagonista da história, ao lado de Giovanna Antonelli, além das vilãs serão Deborah Secco e Adriana Esteves.

No entanto, a prévia parece não ter agradado muito aos telespectadores, principalmente os baianos, habitantes da terra em que a novela se passará.  Nos comentários da página da novela no facebook, onde o teaser foi liberado, muitas pessoas questionaram se “essa novela é gravada na Europa” por só ter “branco”.

Também na internet, foi iniciada uma campanha para mostrar que a Globo tem bons atores negros que poderiam aparecer na novela de João Emanuel Carneiro. Nomes como Sheron Menezzes, Taís Araújo, Lázaro Ramos e Emanuelle Araújo foram citados.

Por conta disso, a Globo resolveu se pronunciar após uma semana do surgimento das polêmicas. Em uma nota enviada ao portal Uol, a emissora afirma que rejeita a representatividade racial como critério de escalação de elenco.’

“Os critérios de escalação de uma novela são técnicos e artísticos. A Globo não pauta as escalações de suas obras por cor de pele, mas pela adequação ao perfil do personagem, talento e disponibilidade do elenco. E acredita que esta é a forma mais correta de fazer isso”, diz o texto.

“Uma história como a de ‘Segundo Sol’, também pelo fato de se passar na Bahia, nos traz muitas oportunidades e, sem dúvida, reflexões sobre diversidade na sociedade, que serão abordadas ao longo da novela, que está estruturada em duas fases. As manifestações críticas que vimos até agora estão baseadas sobretudo na divulgação da primeira fase da novela, que se concentra na trama que vai desencadear as demais. Estamos atentos, ouvindo e acompanhando esses comentários, seguros de que ainda temos muita história pela frente!”.