Edição especial do “MasterChef” gera vergonha alheia

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Na noite da última terça-feira (20), a Band exibiu uma edição especial de seu principal reality. A ideia era reunir os participantes da temporada profissionais do MasterChef para que debatessem as diversas polêmicas ocorridas ao longo dos últimos meses de programa.

Apesar de desnecessário, afinal os profissionais estão ali única e exclusivamente para mostrar seus trabalhos, a ideia parecia interessante, até se tornar vergonhosa. O que vimos ali foi uma Ana Paula Padrão completamente tendenciosa e em alguns momentos alterada, quando sua verdadeira função era ser mediadora. Uma jornalista que queria a todo custo estar com a razão, pouco ouvia os outros e o tempo inteiro estava no ataque.

A atitude de Ana se deve ao fato de que por parte dos participantes tudo parecia estar em perfeita ordem, ou pelo menos não estavam dispostos a entrarem numa discussão que por eles nem deveria ter acontecido. A principal vítima de todo o ocorrido, Dayse, nas poucas vezes que falou afirmou não ter sofrido machismo, e estava nítido seu incômodo ao ver Ana debatendo algo que ela mesmo disse já ter resolvido.

Minha crítica não vai ao que Ana Paula Padrão disse, até porque, como telespectador concordo com praticamente tudo. Como telespectador vi uma arrogância enorme por parte de muitos competidores ao longo do programa, como telespectador vi um machismo desnecessário, como telespectador vi Chefs subestimando outros tão bons quanto, mas também vi como telespectador uma apresentadora tomar uma postura que não lhe cabia como mediadora, querendo o tempo inteiro insistir no mesmo assunto que já estava encerrado, sendo intolerante com a opinião alheia. Se a ideia era deixar os pratos limpos, posso dizer que saíram mais sujos do que entraram, e nada foi resolvido, muito pelo contrário, só existiu para manchar em proporções diferentes a carreira de profissionais, sendo Chefs ou jornalistas.

Por Maurício Freitas

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