Coca-Cola sofreu uma suspensão em país, após situação de conflito, e essa é a verdade por trás dessa atitude drástica
O ano era 2020, mais precisamente meados de março, quando a Coca-Cola, uma das marcas de bebidas mais amadas no mundo, assim como a sua rival Pepsi-Co e a rede Starbucks anunciaram a suspensão das suas atividades em país, após anos, para a tristeza de milhares.
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O fato ocorreu na época, e coincidiu na mesma época que a rede norte americana de fast food, a icônica Mc Donald’s* comunicou o encerramento de 850 restaurantes naquele país, após uma situação de conflito que chocou o mundo; A invasão russa na Ucrânia.
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Mais sobre o assunto:
De acordo com o portal Expresso 50, em uma mensagem emitida na época, o presidente executivo da Starbucks, Kevin Johnson, referiu que o grupo kuwaitiano que tem licença para operar as cafeterias na Rússia “acordou em suspender imediatamente as operações nas lojas”.
O grupo afirmou que daria apoio: “Aos quase 2.000 funcionários que dependem da Starbucks para viver”.
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Por sua vez, em uma pequena nota divulgada em seu site oficial na Internet, a Coca-Cola afirmou que continuaria a monitorizar e a avaliar a situação à medida que as circunstâncias evoluíssem:
“Os nossos corações estão com as pessoas que estão a sofrer os efeitos horríveis desses trágicos eventos na Ucrânia”
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Não foi a única
Como mencionamos, a principal concorrente da Coca-Cola, a PepsiCo, também adiantou que iria suspender a venda de Pepsi, 7Up e outros refrigerantes na Rússia, onde iria parar o investimento e publicidade, em retaliação à invasão da Ucrânia.
Mas a PepsiCo, ao contrário de outras empresas, não interrompeu todas as suas atividades em território russo e continuou a fornecer leite, laticínios e alimentação para bebés, produtos que considera essenciais para muitos russos.
A decisão foi anunciada pelo presidente executivo, Ramon Laguarta, em uma mensagem aos funcionários divulgada pela própria empresa:
“Estamos a operar na Rússia há mais de 60 anos e temos presença em muito lares russos. A Pepsi-Cola entrou no mercado no auge da Guerra Fria e ajudou a criar um terreno comum entre os Estados Unidos e a União Soviética”,
Ramon Laguarta ainda disse que a situação não podia continuar inalterada “diante dos eventos horríveis” na Ucrânia.
O presidente executivo da PepsiCo destacou que a empresa deveria se manter fiel ao aspeto humanitário dos seus negócios e continuar a oferecer outros produtos essenciais na Rússia.
A empresa realçou ainda que também suspendeu as operações na Ucrânia para permitir que os seus trabalhadores encontrem lugares para si e para as suas famílias e que está a facultar ajuda para os refugiados que fugiram para países seguros.
Boicote à Rússia
A Rússia havia lançado, na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2020, uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil.
Essa ação que chocou o mundo, inclusive os brasileiros na época, provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
Mas e agora? Como está a situação da Coca-Cola na Rússia?
De acordo com o que foi divulgado no portal Confina média, em fevereiro de 2023, quase um ano após o ocorrido, apesar da Coca Cola ter parado produzir e de vender seus produtos na Rússia, outros continuaram a importar a bebida.
Com rótulos nas garrafas e nas latas, vizinhos do país na Europa, no Cazaquistão, Uzbequistão ou até China, estavam continuando a fornecer a Rússia os produtos da Coca-Cola.
De acordo com o portal internacional, Reuters, os preços variam consoante a origem. Em um supermercado em Moscovo, três latas estavam à venda por três valores diferentes, importadas da Dinamarca, Polónia e Reino Unido.