Eleito Presidente do Brasil, Bolsonaro concede várias entrevistas, ataca a Folha e faz elogios ao jornalismo da Record

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Jair Bolsonaro durante entrevista para o Jornal Nacional (Foto: Reprodução)

Apesar de todas as campanhas contra Jair Bolsonaro, o Deputado Federal conseguiu se eleger como o mais novo Presidente do Brasil. No entanto, o político terá a difícil missão de unificar um país, claramente dividido, depois de alguns de seus discursos que espantaram. Nesta segunda-feira, 29 de outubro, ele concedeu uma série de entrevistas para cinco emissoras abertas do país: Record, SBT, Globo, Band e Rede TV!.

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Na Record, Bolsonaro falou ao vivo por cerca de 33 minutos e foi a emissora que mais teve direitos, como informa o colunista Maurício Stycer, do UOL. O canal teve certos ‘privilégios’ do político por ter sido um apoiador ferronho de sua candidatura, tanto que houve uma troca de elogios. “Parabéns pela votação e obrigado por me receber mais uma vez. Boa noite, presidente”, disse o repórter Eduardo Ribeiro. “Boa noite. Eu que agradeço o jornalismo isento da Record”, respondeu o político.

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Na conversa, o Deputado Federal falou que pensa em privatizar ou extinguir a TV Brasil, para isso, usou o argumento de que o custo anual é de cerca de R$ 1 bilhão do canal público. Para o Jornal Nacional, o foco acabou sendo a polêmica envolvendo a Folha. William Bonner quis saber de Bolsonaro: “O senhor vai continua defendendo a liberdade da imprensa e a liberdade do cidadão de escolher o que ele quiser ler, ver ou ouvir?”.

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“Sou totalmente favorável à liberdade de imprensa. Temos a questão da propaganda oficial do governo, que é outra coisa. Não quero que ela [a Folha de S. Paulo] acabe, mas no que depender de mim, na propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal”, disse ele. William Bonner insistiu no assunto indagando se o candidato quer que o jornal acabe.

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Entrevista do candidato para à Record (Foto: Reprodução)

“Por si só, este jornal se acabou”, respondeu ele. O jornalista aproveitou para defender o trabalho feito pela Folha: “Para ser justo do lado de cá, eu preciso dizer que o jornal sempre nos abriu a possibilidade de apresentar a nossa discordância, os nossos argumentos, aquilo que nós entendíamos ser a verdade. A Folha é um jornal sério, é um jornal que cumpre um papel importantíssimo na democracia brasileira. É um papel que a imprensa profissional brasileira desempenha e a Folha faz parte desse grupo”.

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