Entre tubos de ensaio, pipetas e seringas, em um ambiente decorado com elementos do mundo dos laboratórios, as histórias de amor e reencontros que permearão ‘A Fórmula’ foram apresentadas à imprensa na última terça-feira (20), nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro.
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Os atores, que darão vida à nova comédia romântica na Globo, com estreia prevista para 06 de julho, receberam os jornalistas para um bate-papo, ao lado da direção, autores e integrantes da produção responsável pela nova série. “A Fórmula nasceu da premissa de uma história de amor e com o desejo comum a todo mundo que é conseguir uma segunda chance”, disse Marcelo Saback, um dos autores. Mauro Wilson, que também assina a redação final, completou: “É uma história de amor de um homem por uma única mulher. O Ricardo (Fabio Assunção) é apaixonado pela Angélica (Drica Moraes). A atração pela Afrodite (Luisa Arraes) acontece porque ela é a Angélica. Apesar de ser um amor de 30 anos atrás, ele se apaixona de novo pela mesma pessoa. No final, a idade é o que menos importa”.
Flavia Lacerda e Patricia Pedrosa, diretoras da série, comentam sobre esse triângulo amoroso. “É uma comédia romântica que tem a leveza e a graça da fantasia, por causa das transformações de Angélica em Afrodite. Espero que todos se divirtam com esse triângulo amoroso inusitado, entre um homem e duas versões da mesma mulher”, disse Flavia. “Foi maravilhoso trabalhar com essa equipe e com esse elenco. Uma sinergia no set que se vê na tela. Acho que ‘A Fórmula’ rompe com o formato tradicional com que estamos acostumados. Tudo isso com leveza, humor e muito romance”, define Patricia.
Drica Moraes e Luisa Arrases, que dão vida à Angélica e Afrodite, brincaram com as semelhanças entre as personagens e chegaram ao evento com o mesmo vestido. “A gente não quis desapegar das personagens”, disse Luisa. “Gostei da brincadeira de ser Luisa”, brincou Drica. “E quisemos homenagear nosso figurinista, Cao Albuquerque, que arrasou durante toda série”, elogiou a atriz. Drica falou ainda sobre a dualidade de sua personagem, Angélica. “Eu acho que a série fala muito da beleza, mas de uma maneira geral, e não apenas da estética. Fala sobre experimentar a ‘flor da idade’, dos bônus e dos ônus de cada momento. O amor acontece em todos os tempos. E esse elenco é algo que nem sei. O tempo todo estávamos roubando um pouco do outro, uma risada, o jeito de falar… Posso dizer que foi um processo colaborativo único, eu nunca tive isso na televisão”, comemorou, emocionada. Luisa Arraes, que interpreta Angélica na fase jovem e também Afrodite, sua versão atual rejuvenescida, endossa que a troca entre todos foi essencial durante as gravações. “As meninas (diretoras) dirigem juntas, os meninos (autores) escrevem juntos, e a gente, eu e Drica, tivemos a chance de fazer a personagem juntas. Eu a assistia e ela me assistia. Foi um deleite, a coisa mais legal de todas, do mundo. Eu amo a Drica, ela é muito generosa. A gente já se amava fora de cena e trabalhar junto foi um complemento. Ela é muito especial”, declarou-se, empolgada.
Fabio Assunção também falou sobre Ricardo, personagem que se divide entre as duas versões da mesma mulher. “É uma comédia romântica deliciosa, que fala muito sobre o tempo, sobre a vaidade e com um elenco muito gostoso, foi uma delícia fazer”, disse o ator, antes de brincar que o empresário quase enlouquece com as duas mulheres na história. “Ele está tendo uma segunda chance de reencontrar uma mulher no mesmo ponto em que eles se separaram e isso trai a vaidade dele. Porque, na verdade, ele se apaixona realmente pelas duas. Mal sabe ele que o que mais o atrai na Afrodite é justamente a semelhança do seu outro amor, a Angélica. Ela quase fica louco com elas, coitado”, se divertiu ao contar. Klebber Toledo, que interpreta Ricardo na fase jovem, comentou sobre o personagem. “Isso aqui foi presentão. Que série bacana. Foi muito gostoso e já estou com saudades”, disse, antes de brincar com sua semelhança com Fábio: “Quando entrei na Globo, há quase 10 anos, sempre me diziam que um dia eu poderia ser o Fabio Assunção. Agora posso dizer que sou”.
A Fórmula
O que você faria se tivesse uma segunda chance para reconquistar o amor da sua vida? Este desejo, tão comum a muitos, vira realidade em ‘A Fórmula’, comédia romântica escrita por Mauro Wilson e Marcelo Saback, com direção de Flavia Lacerda e de Patricia Pedrosa, com estreia prevista para o dia 6 de julho na Globo. Ter uma nova oportunidade, recuperar o tempo perdido e recomeçar. Assim será a história de amor de Angélica (Luisa Arraes / Drica Moraes) e Ricardo (Klebber Toledo / Fabio Assunção), ex-namorados que se conheceram na época da faculdade e planejaram uma vida juntos. Mas uma reviravolta do destino separa os dois. O mesmo destino que os unirá novamente, anos depois, em um reencontro em que os dilemas do passado e do presente se misturam, literalmente, de novas formas. “Uma atípica comédia romântica, recheada de humor e lirismo. Uma história de amor que atravessa o tempo”, afirma Marcelo Saback. “É uma série ágil, transgressora, provocativa e abusada. Com o amor como fio condutor e um ingrediente mágico”, conta Mauro Wilson. Flavia Lacerda, também fala sobre a provocação que a série gera sobre o tempo. “Acho que o público pode esperar uma reflexão bem humorada sobre a questão do passar dos anos”, diz Flavia. “É muito instigante e desafiadora a possibilidade de contar a história de um par romântico enquadrada numa estrutura triângulo amorosa”, conclui Patricia.
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O início, e o fim…
Na década de 1980, Angélica (Luisa Arraes) e Ricardo (Klebber Toledo) são dois jovens apaixonados em busca de uma profissão. Estudantes de Biologia que desejam seguir carreira na área da ciência e se inscrevem para uma bolsa de estudos em uma universidade americana. O resultado não sai como o esperado, fazendo com que Angélica seja escolhida, e Ricardo, não. Apaixonada, ela decide não aceitar a bolsa em nome do seu relacionamento, sem saber que a sua atitude abriria uma vaga para Ricardo que, desconhecendo a desistência da namorada, aceita sem pestanejar. Desiludida com a decisão dele, ela termina a relação sem contar sobre a sua decisão, e o relacionamento, que parecia mais forte que tudo, chega ao fim.
O reencontro
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Após a separação, ambos seguem caminhos bastante distintos, porém, na mesma área de atuação. E é em um congresso sobre ciência que o reencontro acontece, trinta anos depois. Ricardo (Fabio Assunção), um empresário carismático e famoso, faz fortuna na área da estética e do rejuvenescimento. Angélica (Drica Moraes), uma cientista inteligente e de prestígio no mercado, investe todas as suas fichas em um experimento que promete prolongar a vida humana. O encontro, no entanto, acaba sendo decepcionante para ambos. Ricardo ainda tem na memória a mesma Angélica (Drica Moraes) que conheceu quando jovem e não reconhece na mulher atual seu amor do passado. E Angélica, ao perceber a reação dele, revive toda sua decepção.
Como se não bastasse, no mesmo dia, a cientista não consegue o tão sonhado financiamento para sua pesquisa. Triste, sem esperança e amargurada pela falta de investimentos, ela percebe que os resultados mais significativos de seu estudo não estão avançando no tempo que esperava e toma uma decisão radical: ser cobaia de seu próprio experimento. Ela usa a fórmula em si mesma várias vezes seguidas, mas, a princípio, não vê resultado algum. Cansada, divide a frustração com seu melhor amigo e fiel escudeiro Divino (Emilio de Mello), que recomenda que a amiga descanse um pouco antes da sua última palestra no congresso. Ao acordar, atrasada, sai apressada do quarto do hotel e acaba esbarrando com Ricardo pelos corredores. O simples encontro termina em uma troca de olhares e, ávidos de paixão, os dois passam a noite juntos.
Feliz por estar novamente nos braços do homem que tanto amou, Angélica acorda no meio da noite e levanta com cuidado para não despertar Ricardo. E, apenas aí, ao se olhar no espelho, percebe que seu experimento teve um efeito colateral inusitado: ela voltou a ter a mesma aparência de quando tinha 20 anos. Neste momento a cientista é tomada por um misto de sentimentos. Por um lado está radiante em saber que desenvolveu algo que pode revolucionar a Medicina. Por outro, se desaponta, ao perceber que Ricardo não se encantou novamente por ela, mas sim por uma “suposta garota”, parecidíssima com a própria quando era mais jovem. Percebendo que o efeito da fórmula dura apenas algumas horas, sai do quarto, apressada e confusa, sem revelar a verdade para seu amor da juventude.
Um triângulo amoroso inusitado
Feliz com o resultado de seu estudo, mas dividida em relação a Ricardo (Fabio Assunção), ela decide contar a ele toda a verdade sobre a vaga da faculdade e também mostrar o resultado de sua fórmula. No entanto é surpreendida novamente ao descobrir que Ricardo comprou o laboratório em que ela trabalha e agora será seu chefe e dono de seus estudos. E pior: Samira (Claudia Raia / Fernanda Marques Franca), uma ambiciosa e superficial magnata da indústria da estética, e antiga rival de Angélica (Drica Moraes) pelo amor de Ricardo na juventude, aparece do nada e vira sócia dele na nova empreitada. Juntando sua vaidade profissional e a vontade de vingança pessoal, e indignada com a possibilidade de ter que dividir com ele os frutos de seus esforços, Angélica (Drica Morais) resolve usar a fórmula para dar uma lição no ex-namorado. O plano parecia simples: recuperar a patente do seu estudo usando sua versão mais jovem, que recebe o nome de Afrodite (Luisa Arraes).
Mas as coisas não saem como o esperado. Ao assumir a persona de Afrodite, ela acaba se envolvendo com o empresário, ao perceber que tem a chance de reviver seu grande amor. Sem revelar sua descoberta para o mundo, ela resgata todos os sentimentos com o ex-namorado e se envolve em diversas enrascadas enquanto fica dividida entre sua persona atual e sua nova forma, mais jovem. E pior: confusa, fica sem saber qual versão de si mesma pode ser mais feliz, tornando-se, de certa forma, sua própria rival. Enquanto isso, Ricardo, sem desconfiar de nada, se apaixonada por ambas e vive em um grande dilema, se envolvendo em um atrapalhado triângulo amoroso entre as duas versões da mesma mulher e sem saber em qual momento é mais feliz: com a mulher que nunca deixou de amar, Angélica, ou com a sua nova paixão, Afrodite. Qual será a fórmula perfeita do amor?
Sai Angélica, entra Afrodite
As transformações de Angélica (Drica Moraes) em Afrodite (Luisa Arraes) dão o charme, a graça e ar de magia que permeiam ‘A Fórmula’. E, como há várias transformações dentro do mesmo episódio, o público poderá ver essas mudanças de duas maneiras diferentes: através de efeitos especiais e com o jogo de cena entre as duas atrizes, quase como um teatro ao vivo, segundo Patricia Pedrosa, uma das diretoras da série. “Criamos maneiras diferentes de contar essa história, sem precisar apenas do recurso da computação gráfica, com uma entrando e outra saindo de quadro durante a gravação da cena, por exemplo. Isso resultou em um material muito rico e imprimiu um dinamismo entre as atrizes”, explica.
Para garantir maior qualidade na fotografia, a série usa a tecnologia 4K na produção de efeitos visuais. O grande desafio tecnológico em ‘A Fórmula’ é o rejuvenescimento da personagem Angélica (Drica Moraes / Luisa Arraes). Com este objetivo, foram utilizados muitos movimentos de câmera, além de uma linguagem sutil, que sugere a transformação através das mãos e de parte do rosto, quando uma vira outra, e vice versa. Alguns cenários, como o laboratório, foram montados dentro do estúdio de captação de efeitos visuais, localizado no Estúdios Globo. Nesse ambiente, foram gravadas as cenas em 3D da personagem Angélica. A equipe responsável pelos efeitos também utilizou uma ferramenta para captar os detalhes quase imperceptíveis, como a elasticidade das mãos, que foi essencial para registrar a mudança e o rejuvenescimento das personagens. O recurso foi empregado pela primeira vez na gravação de uma série na Globo.
PERFIL DOS PERSONAGENS
Um par romântico de três
Angélica (Luisa Arraes/ Drica Moraes) – Cientista obstinada, abdicou da vida pessoal para se dedicar inteiramente à profissão. Sua vaidade, inclusive, é focada na área profissional e há anos desenvolve um experimento que promete rejuvenescer as células e melhorar a qualidade de vida. Tem em Divino (Emilio de Mello) seu ombro amigo e grande parceiro de trabalho e de vida. Desiludida pela falta de investimentos em suas pesquisas para os males da terceira idade, Angélica decide testar em si mesma uma fórmula que vem desenvolvendo e, totalmente por acaso, descobre uma fórmula da juventude. Amargurada há trinta anos pelo fim de seu relacionamento com Ricardo (Fabio Assunção), amor do passado, Angélica vê, na maior descoberta de sua carreira, uma oportunidade de se impor como grande cientista e também – ainda que inconscientemente – de reconquistar o coração de seu amado. Assim cria Afrodite. E mesmo tendo ciência de tudo que sua nova versão diz e faz, o nascimento de seu alter ego trará consequências inusitadas para sua vida.
Afrodite (Luisa Arraes) – A versão jovem de Angélica (Drica Moraes) é um furacão: linda, agitada, corajosa e no ápice da saúde e do charme jovial. Apaixonada por sua própria imagem, não está muito interessada em ajudar Angélica (Drica Moraes) a realizar seus planos e acaba, inclusive, se apaixonando por Ricardo (Fabio Assunção), tornando-se, de alguma maneira, rival de sua criadora. Para a sorte de Angélica (Drica Moraes), não tem muito tempo de vida a cada transformação – os efeitos da fórmula duram apenas algumas horas. As coisas complicam ainda mais quando Ricardo cai de amores por ela, que acaba ocupando um espaço fundamental na relação deles.
Ricardo (Klebber Toledo / Fabio Assunção) – Eterno romântico e com o charme de um homem maduro, foi namorado de Angélica (Drica Moraes) na juventude, mas trocou o relacionamento por uma oportunidade de estudar em uma faculdade americana. Trinta anos depois, sem ter mantido contato com a cientista, Ricardo é rico, solteiro e, assim como ela, também nunca foi feliz no amor. Empresário bem-sucedido, dono de vários laboratórios e clínicas do ramo da estética, compra o laboratório em que Angélica trabalha. Fica mexido ao reencontrar seu antigo amor, mas também se encanta e se apaixona perdidamente por Afrodite (Luisa Arraes). Apesar de se envolver em um triângulo amoroso, é romântico e não gosta de estar nesta situação. Vive um grande dilema interno ao se ver dividido entre duas mulheres.
A rival
Samira (Fernanda Marques Franca / Claudia Raia) – Caso antigo de Ricardo (Fabio Assunção), Samira é uma mulher superficial, perua assumida, que nutre há décadas um desdém e uma rivalidade com Angélica (Luisa Arraes / Drica Moraes) cuja beleza natural lhe roubara Ricardo na juventude. Uma bem-sucedida mulher de negócios, vai fazer de tudo para se meter nos empreendimentos e na vida de Ricardo – especialmente para afastar as rivais Angélica e Afrodite.
Os melhores amigos
Divino (Emilio de Mello) – Conheceu Angélica (Drica Moraes) já durante a vida adulta e tiveram um rápido namoro. Mas, depois que assumiu sua orientação sexual, o relacionamento terminou e se transformou em uma grande parceria de vida. Melhor amigo e colega de trabalho, mora com Angélica e está disposto a tudo para ver a amiga feliz. Age frequentemente como consciência de Angélica, ajudando-a a tomar as decisões corretas, inclusive quando lida com Afrodite (Luisa Arraes), virando, também, melhor amigo e confidente de seu alter ego.
Otávio (Joelson Medeiros) – Parceiro de negócios e fiel escudeiro de Ricardo (Fabio Assunção) é conselheiro, advogado e quase um irmão para o empresário. Disposto a tudo pelo bem do melhor amigo, vive metendo os pés pelas mãos, protagonizando desentendimentos, porém sempre na intenção de ajudar Ricardo a conseguir a felicidade e o sucesso que busca. Nutre uma paixão por Angélica (Luisa Arraes / Drica Moraes) desde a juventude, mas nunca assumiu isso ao amigo.
Lisboa (Paulo Américo / Tony Tornado) – Barman e dono do bar Abobrinha, ponto de encontro dos amigos desde a juventude. É testemunha da história de Angélica (Luisa Arreas / Drica Moraes) e Ricardo (Klebber Toledo / Fabio Assunção) desde o seu primeiro momento. Sábio, experiente, irreverente e desencanado, vive tirando os amigos das mais insípidas dores-de-cotovelo e quase sempre oferece as soluções mais óbvias para eles.
Entrevista com as diretoras Flavia Lacerda e Patricia Pedrosa
O que você acha que diferencia ‘A Fórmula’ de uma comédia romântica tradicional?
Flavia Lacerda – Esta é uma comédia romântica bem fantasiosa, com uma personagem que consegue rejuvenescer e tenta viver novamente um relacionamento que não deu certo. Mostra um triângulo amoroso inusitado entre um homem e duas versões da mesma mulher. Mas, apesar da magia que envolve a transformação de Angélica (Drica Moares) em Afrodite (Luisa Arraes), é uma história de amor com dilemas muito reais.
Patricia Pedrosa – É muito instigante e desafiadora a possibilidade de contar a história de um par romântico enquadrada numa estrutura de triângulo amoroso. Além de original, essa inovação traz dinamismo à narrativa, rompendo com o formato tradicional com que estamos acostumados. Tudo isso com leveza, humor e, acima de tudo, muito romance.
A série é uma comédia romântica, mas com um quê de magia, por conta da transformação de Angélica em Afrodite. Como isso será mostrado na obra?
FL – Pensamos em como poderíamos trazer essa magia da forma mais sedutora, tanto para o público quanto para os atores. Por isso percebemos que, além dos efeitos especiais, muitas vezes nossas transformações são puramente truques de câmera, em que os personagens fluem de uma para outra de maneira natural. Tive o empenho de toda a equipe e, mais ainda, do elenco, nas marcas exatas, já que gravamos muitas dessas cenas em planos- sequências. Um verdadeiro trabalho de equipe do início ao fim.
PP – Como há várias transformações dentro do mesmo episódio, o público poderá ver essa transformação de duas maneiras: com os efeitos especiais e também através do jogo de cena das atrizes, quase que um teatro ao vivo, com uma entrando e outra saindo de cena. Criamos maneiras diferentes de contar essa história, sem precisar apenas do recurso da computação gráfica. E isso resultou em um material muito rico e imprimiu um dinamismo nas cenas.
Qual o desafio de dirigir uma série com duas atrizes interpretando a mesma pessoa, mesmo que com personalidades que se descobrem distintas?
FL – Foi muito rico e incrível ver o processo das duas. Fizeram uma preparação intensa, que começou há alguns meses e seguiu até o último dia de gravação. Uma se doando para a outra durante todo o processo. No começo, estavam se descobrindo, e no final, várias vezes no set, quando estavam vestidas iguais, a gente se confundia mesmo. Elas realmente conseguiram uma simbiose incrível.
PP – O preparador Eduardo Milewicz desenvolveu um trabalho muito bacana com as duas atrizes. A Drica e a Luisa nos surpreenderam muito. Isso é fruto do trabalho diário das duas, de se achar nas pequenas sutilizas, no olhar, no toque. Elas se observaram o tempo todo. Enquanto uma estava em cena, gravando, a outra observava e acompanhava nos bastidores. É incrível ver, após o trabalho concluído, como elas ficaram parecidas.
O que o público pode esperar de ‘A Fórmula’?
FL – Acho que uma grande provocação que a série gera é sobre o tempo. O público pode esperar uma reflexão bem-humorada sobre a questão do passar dos anos. Sobre a necessidade de aceitarmos isso e como viver da melhor forma possível. Tudo isso com uma história de amor engraçada e inusitada.
PP – Acho que o grande diferencial é que se trata de uma história com par romântico, mas em um formato de triângulo amoroso. Acho que isso é uma grande novidade para a TV. O público pode esperar muitas risadas, uma história divertida, alegre e emocionante com muito amor e humor ao mesmo tempo.
Entrevista com os autores Marcelo Saback e Mauro Wilson
Que história ‘A Fórmula’ pretende contar?
Marcelo Saback – É uma atípica comédia romântica, recheada de humor e lirismo. O público vai poder mergulhar em uma história de amor que atravessa o tempo, além de se identificar com um inquietante questionamento humano que nos acompanha desde sempre: a busca pela eterna juventude.
Mauro Wilson – É uma série sobre amor e segundas chances. Com uma narrativa ágil, transgressora, provocativa e abusada. Com diálogos afiados, interpretações incríveis e uma direção maravilhosa. Tudo isso com o amor como fio condutor e um ingrediente mágico.
Falem um pouco da construção deste “par romântico” tão diferente e inusitado.
MS – O grande charme da série é o triângulo amoroso atípico. A verdade é que Angélica (Drica Moraes), ao virar Afrodite (Luisa Arraes), acaba descobrindo outra mulher dentro dela mesma. Cria uma segunda identidade e acaba virando vítima do seu próprio plano. É uma dualidade de sentimentos constante entre eles. E tem o lado do Ricardo (Fabio Assunção), que acaba se apaixonando pelas duas. Mas será que ele está traindo a mulher, sendo que no fundo são a mesma pessoa? Essa brincadeira, que deixa todos enlouquecidos, é o grande barato de ‘A Fórmula’.
MW – Essa é a grande brincadeira da série, que parece uma comédia romântica tradicional, mas traz esse triângulo amoroso inusitado entre um homem e duas versões da mesma mulher. O reencontro é cheio de mágoas e desavenças, e ambos tentam definir questões que não foram resolvidas no passado. Mas a graça é acompanhar esses dilemas. A Angélica (Drica Moraes) acaba criando sua própria rival e não consegue descobrir qual delas é mais feliz. E Ricardo (Fabio Assunção), sem saber de nada, fica divido entre duas mulheres. Mas é interessante ver que ele não se sente confortável nesta situação e também fica confuso ao perceber que ama as duas.
Como falar sobre envelhecimento e busca pela eterna juventude de forma leve e bem humorada?
MS – ‘A Fórmula’ é uma grande história de amor, que tem como premissa a possibilidade de se ter uma segunda chance. E, dentro desse universo, brincamos com essa questão de voltar no tempo, mesmo que momentaneamente. Imagina se pudéssemos ficar mais jovens na aparência, mas com a cabeça que temos agora? Acho que todo mundo já pensou nisso, em algum momento da vida. Mas mostramos também as diferenças e características do amor jovem e do amor maduro. E os prós e contras de ambas as fases. Será que o jovem é, necessariamente, o mais feliz?
MW – O que a princípio pode parecer uma comédia romântica tradicional tem, na verdade, várias camadas e diferentes possibilidades de se olhar a mesma história. Falamos sobre a ditadura da juventude, mas usando essa fantasia de poder voltar no tempo e resolver questões que deixamos em aberto. Tudo isso contado por um triângulo amoroso inusitado e com muito humor. Isso dá leveza ao assunto.
O que público pode esperar ao assistir à série?
MS – Acho que a série fala muito sobre nossos anseios e da possibilidade de se ter uma segunda chance, tanto física quanto emocionalmente. Sobre os anseios, vontades e de como seria se amor pudesse atravessar tantos anos com o mesmo sabor.
MW – Acho que as pessoas terão a chance de se divertirem e se questionarem como eu quando vi o produto pronto. Porque, quando um autor fica muito mergulhado no mundo das palavras, enquanto escreve, não tem muita ideia de como será o resultado final. E quando vi as cenas fiquei maravilhado. Ficou muito melhor do que imaginei. E me diverti muito.