O atual presidente da República Jair Bolsonaro, durante a campanha no ano passado, prometeu mudar “muita coisa do que tá aí” no Brasil. Sem entrar no mérito dessas mudanças, uma coisa ele já conseguiu: modificar a política de entrevistas e relação com a mídia, especialmente com a Globo.
Isso porque a emissora carioca deixou de ter a prioridade em relação a entrevistas e informações exclusivas do novo presidente, o que não acontecia nas gestões anteriores. É algo que teve início desde a campanha, quando o então candidato deu uma entrevista para a Record no mesmo horário em que os demais debatiam na Globo.
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Com apoio público do líder da Igreja Universal e dono da Record, Edir Macedo, ele já deu cinco entrevistas exclusivas para a emissora desde a ocasião. Emissora mais beneficiada com essa nova política de Bolsonaro, o canal também foi o responsável por entrevistá-lo na véspera da posse.
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Mas a Record não está sozinha, já que Bolsonaro vem dando uma atenção especial também ao SBT desde um encontro que teve com Silvio Santos. A emissora, inclusive, foi a primeira a entrevistar Bolsonaro como presidente da República no SBT Brasil. A Globo chegou a citar essa entrevista no Jornal Nacional.
Essa relação de manter a Globo no escanteio é inédita no país. Mesmo que a ex-presidente Dilma, por exemplo, tenha privilegiado a Record ao dar sua primeira entrevista ao canal, a emissora carioca era vista como prioritária na televisão para a veiculação de anúncios e até publicidade por parte de toda a equipe do governo petista.
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O governo passado, do ex-presidente Michel Temer, idem. Foi ao Fantástico que o ex-vice de Dilma deu sua primeira entrevista exclusiva após tomar posse. Depois, estabeleceu uma relação importante com Silvio Santos, chegando a participar de seu programa.
Temer, no entanto, estava longe de gozar da popularidade de início de mandato que Bolsonaro tem atualmente e precisava do apoio explícito do Dono do Baú para informar a população sobre a necessidade urgente de se fazer uma Reforma da Previdência para o Brasil não quebrar, pauta que continua no novo governo.