Em carta psicografada perturbadora, Clara Nunes revela ter ouvido canção de Iemanjá no outro plano
Arthur Farias
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Clara Nunes (Foto de Wilton Montenegro/Divulgação)
Clara Nunes morreu em 1983 por causa de um choque anafilático. Recentemente ela voltou em uma carta psicografada.
Confira abaixo a carta psicografada que Clara Nunes enviou e fez revelações emocionantes. Quem divulgou a publicação foi o site Antenados Oficial.
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A carta
“Querida Maria,
Eu [ Clara Nunes ] pressentia que o encontro através das notícias seria primeiramente com você. Somente você teria disposição de viajar de Caetanópolis até aqui, no objetivo de atingir o nosso intercâmbio.
Descrever-lhe o que se passou comigo [ Clara Nunes ] é impossível agora. Aquela anestesia suave que me fazia sorrir se transformou numa outra espécie de repouso que me fazia dormir.
Sonhava com vocês todos e me via de regresso à infância.
Era uma alegria que me situava num mundo fantástico.
Melodias e cores, lembranças e vozes se mesclavam e eu [ Clara Nunes ] me perdia naquele estado desconhecido.
Não cuidava de mim. Lembrava-me dos que ficavam, mas ainda não sabia se a mudança seria definitiva
Acordei num barco engalanado de flores, seguido de outras embarcações, nas quais muitos irmãos entoavam hinos que me eram estranhos. Hinos em que o amor por Iemanjá era a tônica de todas as palavras.
Os amigos que me [ Clara Nunes ] seguiam falavam de libertação e vitória.
Muito pouco a pouco me conscientizei e passei da euforia ao pranto da saudade, porque a memória despertava para a vida na retaguarda e o nosso Paulo se fazia o centro das minhas recordações.
Queria-o ali naquela abordagem maravilhosa, pois os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfeitada de verde nas plantas bravas que as guarneciam.
Quando o barco que me [Clara Nunes] conduzia ancorou suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim com paternal bondade e me convidou a pisar na terra firme. Ali estavam o meu pai Manuel, e nossa Mãezinha Amélia.
Os abraços que nos assinalavam as lágrimas de alegria pareciam sem fim.
Era muita saudade acumulada no coração.
Ali passei ao convívio de meus pais e os meus guardiões retornavam ao mar alto.
Retomei [Clara Nunes] a nossa vida natural e, em companhia de meu pai, pude rever você e os irmãos todos me comovendo ao abraçar a nossa Waldemira, que me pareceu um anjo preso ao corpo.
Querida irmã, não disponho das palavras exatas que me correspondam às emoções. Peço [ Clara Nunes ] a você reconfortar o nosso Paulo e dizer-lhe que não perdi o sonho de meu filhinho que nascesse na Terra de nossa união e de nosso amor.
O futuro é luz de Deus. Quem sabe, virá para nós uma vida renovada e diferente para as mais lindas realizações?
Você diga ao meu poeta e letrista querido que estou [ Clara Nunes ] contente por vê-lo fortalecido e resistente, exceção feita dos “copinhos” que ele conhece e que estou vendo agora um tanto aumentados…
Clara Nunes – Foto: Wilton Montenegro
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Desejo que ele saiba que o meu amor pelo esposo e noivo permanente que ele continua sendo para mim [ Clara Nunes ], está brilhando em meu coração, que continua cantando fora do outro coração que me prendia.
A cigarra, por vezes, canta com tanta persistência em louvor a Deus e a Natureza, que se perde das cordas que coordenam a cantiga, caindo ao chão, desencantada. O meu [ Clara Nunes ] coração da vida física não suportou a extensão das melodias que me faziam viver, e uma simples renovação para tratamento justo me fez repousar nas maravilhas diferentes a que fui conduzida.
Espero que o nosso Paulo consiga ouvir-me nestas letras.
Agradeço [ Clara Nunes ] a ele as atitudes dignas com que me acompanhou até o fim do corpo, tanto que agradeço a você e as nossas irmãs e irmãos o respeito com que me honraram a memória, abstendo-se de reclamações indébitas junto aos médicos humanitários que se dispuseram a servir-nos.
Querida irmã, continue com o nosso grupo em Caetanópolis. O irmão José Viana e o Dr. Borges estão conquistando valiosas experiências. Muitas saudades e lembranças a todos os nossos e para você um beijo fraternal com as muitas saudades de sua, Clara”, teria dito Clara Nunes.
Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.
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