Lula realizou discurso após anulação de suas condenações pelo STF
Na manhã desta quarta-feira (10), Lula realizou um discurso no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo. Na última segunda-feira (08), o ministro do STF, Edson Fachin, anulou as condenações do ex-presidente na Lava Jato por entender que a 13ª Vara de Curitiba não tinha competência para analisar os casos.
“Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de História”, falou Lula durante o seu discurso. O político ainda falou sobre um livro, escrito por ele antes de ir para a prisão: “Antes de eu ir [para a prisão], nós tínhamos escrito um livro, e eu fui a pessoa dei a palavra final no título do livro que é ‘A verdade vencerá’. Eu tinha tanta confiança e tanta consciência do que estava acontecendo no Brasil que eu tinha certeza que esse dia chegaria, e ele chegou”, comemorou Lula.
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Edson Fachin, vale dizer, aceitou o argumento da defesa de que essas denúncias não estariam diretamente ligadas a desvios na Petrobras, determinando o envio dos processos para a Justiça Federal do Distrito Federal.
Lula então, se diz agradecido ao ministro e que a decisão dele reconhece que nunca houve crime cometido contra ele ou envolvimento dele com a Petrobras. Porém, a decisão de Fachin foi apenas processual. Ele avaliou quem tinha a competência para analisar o tipo de denúncia proposta. Ele não analisou se Lula é culpado ou inocente.
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“O processo vai continuar, tudo bem, eu já fui absolvido de todos os processos fora de Curitiba, mas nós vamos continuar brigando para que o Moro seja considerado suspeito, porque ele não tem o direito de se transformar no maior mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que queriam me culpar. Deus de barro não dura muito tempo”, disse Lula em determinado momento do seu discurso, citando o ex-juiz Sergio Moro, responsável pela sua prisão.
Lula ainda chamou a força-tarefa da Lava Jato de “quadrilha” e disse que ela tinha uma obsessão por condená-lo porque queria criar um partido político.
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“Hoje, eu tenho certeza que ele [Moro] deve estar sofrendo muito mais do que eu sofri. Eu tenho certeza que o Dallagnol deve estar sofrendo muito mais do que eu sofri, porque eles sabem que eles [Moro e Dallagnol] cometeram um erro, e eu sabia que eu não tinha cometido um erro”, afirmou o político.
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