O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) anunciou nesta quinta-feira, 24 de janeiro, que desistirá de seu terceiro mandato.
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Em anúncio, Jean revelou que tomou esta difícil decisão após receber inúmeras ameaças contra a sua vida desde o início do governo de Jair Bolsonaro.
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“Preservar a vida ameaçada é também uma estratégia da luta por dias melhores”, escreveu ele. Fizemos muito pelo bem comum. E faremos muito mais quando chegar o novo tempo, não importa que façamos por outros meios! Obrigado a todas e todos vocês, de todo coração. Axé”, disse o político em sua rede social. Vale ressaltar que Jean era o único parlamentar assumidamente homossexual no Congresso.
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Jean está fora do país e não pretende retornar. Ele, segundo informações da Folha de São Paulo, irá se dedicar a sua carreira acadêmica, deixando sua vida política para trás.
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“O [ex-presidente do Uruguai] Pepe Mujica, quando soube que eu estava ameaçado de morte, falou para mim: ‘Rapaz, se cuide. Os mártires não são heróis’. E é isso: eu não quero me sacrificar”, justificou Jean.
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Jean disse que a decisão também foi tomada após as descobertas de que Flávio Bolsonaro contratou mãe e esposa dos milicianos envolvidos no caso do assassinato de Marielle Franco, que era sua correligionária. “Me apavora saber que o filho do presidente contratou no seu gabinete a esposa e a mãe do sicário”, afirmou Wyllys. “O presidente que sempre me difamou, que sempre me insultou de maneira aberta, que sempre utilizou de homofobia contra mim. Esse ambiente não é seguro para mim”, lamentou.