Joaquina (Andreia Horta) está de volta ao seu país, de volta à terra onde seu pai, Tiradentes (Thiago Lacerda), foi morto. Faz tanto tempo que ela esteve ali… Conheceu uma realidade diferente, viveu em meio ao luxo, à nobreza.
Agora, está de volta à Colônia. O choque de Joaquina ao chegar ao cais do porto do Rio de Janeiro é imediato. A decadência do local salta aos olhos. O suor dos homens e das mulheres brancas por baixo das vestes que imitam os europeus, as marcas na pele dos escravos que circulam de um lado para o outro, o cheiro do saneamento a céu aberto, o trabalho dos comerciantes que descarregam mercadorias. Ela vê nos olhos de André (Caio Blat) e Bertoleza (Sheron Menezes) o espanto com o ambiente, a confusão, o odor e o calor. Já o pai de criação, Raposo (Dalton Vigh), não se assusta. Lembra bem de tudo que enfrentou no Brasil.
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Bertoleza não sabe do passado de Joaquina, só a conhece como Rosa, mas André sabe de tudo e se preocupa com a irmã… E se alguém descobrir que Joaquina é a filha de Tiradentes? No fundo, André também teme por si mesmo. Sempre quis agradar o pai e tentou muitas vezes o acompanhar em seus hábitos, mas a sensibilidade do rapaz o mantinha distante da brutalidade dos homens da época. A primeira impressão que tem da Colônia o faz querer correr de volta para Lisboa. Na opinião de André, seria melhor ir para Paris e enfrentar Napoleão do que vir ao Brasil.
Joaquina percebe o estranhamento das pessoas com as vestes de Bertoleza: confundem a negra alforriada com uma escrava. Bertoleza, a quem Joaquina considera uma irmã, não se encaixa na realidade dos fidalgos e nem na realidade dos escravos. No Brasil, ela está em um limbo social, e Joaquina fará o possível para protegê-la.
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Agora que chegaram ao Brasil, seguem para Vila Rica, onde Raposo manteve uma chácara durante todos esses anos em que esteve em Portugal, além de continuar com os trabalhos de mineração. Dionísia (Maitê Proença), a irmã dele, assumiu o espaço, cuidando da casa e dos negócios com rigidez. A tia de criação ama Joaquina e está temerosa com a chegada da família. Dionísia conhece bem o temperamento impetuoso da sobrinha, e vai perseguir o objetivo de transformá-la em uma dama.
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Mesmo cansados e abatidos da viagem, começam o caminho para Vila Rica, lugar onde Joaquina reencontrará seu passado e revolucionará seu futuro.
‘Liberdade, Liberdade’ é uma novela de Mario Teixeira baseada em argumento de Marcia Prates, livremente inspirada no livro ‘Joaquina, Filha do Tiradentes’, de Maria José de Queiroz. A direção artística é de Vinicius Coimbra.