Não é novidade para ninguém que a Record vem usando o seu portal oficial de notícias, o R7, para propagar certas opiniões que antes chegaram a ser vistas em pleno domingo na TV. Sem assinatura, os textos são levados ao ar como uma espécie de editorial do grupo, que dessa vez disparou contra o programa Tá no Ar e o humorista Marcelo Adnet.
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Tudo ocorreu por causa de um novo quadro do programa de sátiras da Globo em que um religioso, dono de igreja, mostrava a outros milionários o que estava fazendo para alcançar o sucesso vendendo “ilusões”. No final do quadro, os empresários descobrem que o dono da igreja na verdade estava lá para comprar a empresa de todos eles.
A críticas, muito provavelmente, foi vista pelos dirigentes da Record – emissora ligada à Igreja Universal – como uma crítica ao modelo de evangelização adotado pela instituição, que adota a polêmica Teologia da Prosperidade em seus cultos.
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No R7, um texto intitulado “Em desespero, Adnet se vulgariza e promove o ódio” foi ao ar pouco tempo após a exibição do quadro da Globo. O mais curioso é que, como pontua o jornalista Ricardo Feltrin, nenhuma menção direta à Record ou à Universal foram vistas no quadro.
Forçando bastante, se pode fazer uma relação entre a pomba branca exposta sobre uma pilha de dinheiro com a presente no logo da igreja. Símbolo, inclusive, que pode ser visto em inúmeras denominações, e não apenas referenciando a Universal.
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Outro fator que pode ter contribuído para que os diretores da empresa fizessem tal associação foi a voz usada por Marcelo Adnet, semelhante a de pastores como o próprio Edir Macedo e também nomes como Valdomiro Santiago, rival direto da Universal.
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Adnet, vale ressaltar, já fez piada com diversas religiões no Tá no Ar. Um dos quadros que mais fizeram sucesso no programa, por exemplo, é o da Galinha Preta Pintadinha, que faz referência a religiões afro.