Em termos de jogo o “BBB” precisa aprender muito com “A Fazenda”
11/03/2017 às 21h40
Chato, elenco fraco e sem criatividade. É dessa forma que está a atual temporada do “Big Brother Brasil”.
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Em termos de dinâmica de jogo, a produção do reality global precisa aprender e muito com a equipe de “A Fazenda”. Muitos dizem, aliás, que esta, é uma cópia do grande irmão, pode até ter sido no começo, mas ao decorrer dos anos foi ganhando personalidade e deixou seu jogo mais atrativo.
Pense, em termos de jogo. Não existe nada de novo há muito tempo no BBB. O líder continua sendo escolhido com os mesmos tipos de provas. O anjo continua dando imunidade a outra pessoa. O monstro que é totalmente desnecessário e até infantil. A comida continua com o lado “rico” que tem regalias, enquanto o “pobre” tem poucos recursos. A votação continua sendo secreta. Houve uma situação inclusive, que me veio à cabeça agora, em que Leifert precisava que Marinalva escolhesse duas pessoas para trocarem o lado do “Tá com Tudo” com o “Tá com Nada”. Ele pediu que a atleta fosse até o confessionário, e quando ela voltou ele anunciou a decisão da moça, extremamente desnecessário já que ela poderia ter dito isso pessoalmente, justificando e talvez pudesse gerar desentendimentos. Não existe nada para promover o conflito e consequentemente deixar o programa mais atrativo.
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Comparando com “A Fazenda”, o reality rural sempre busca trazer novidades. A prova do fazendeiro permite alguém que está prestes a ser eliminado voltar ao jogo com mais força, dando a chance de participantes polêmicos ficarem por mais tempo. O poder da chave muda os rumos a cada semana, embora seja um tanto questionável, é inegável que consegue dar fôlego à atração. Existem punições pesadas provocando conflitos entre os peões. Em algumas temporadas “obrigaram” os participantes a jogarem uns contra os outros quando os dividiram em equipes com um prêmio extra de meio milhão de reais. A votação é cara a cara e o apresentador tem um papel mais ativo, perguntando e forçando os confinados a saírem de cima do muro. Além das dinâmicas que sempre os colocam em maus bocados.
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Na eliminação de Elis, o apresentador fez um discurso e praticamente implorou para que os brothers se movessem e jogassem. Coisas como “nunca nenhuma máquina de lavar louças ganhou o jogo”, ” a gente sabe que vocês podem mais, isso não é um torneio de faxina, não é um processo de pasteurização das pessoas que estão aí” e ainda disse que a eliminada “saiu por cima e honrou a oportunidade que teve”. Pensando nisso, a produção anda tentando dar uma movimentada, fez uma falsa eliminação que só serviu para arranhar a imagem do programa, criou um muro para dividi-los, e agora farão um intercâmbio de bbbs com o programa da Espanha. Tarde demais. Eles não brigam, eles não jogam, eles não pensam estrategicamente porque não existe nada que os tirem da zona de conforto.
Há muito tempo para a Globo o BBB não é um programa de televisão. É apenas a galinha dos ovos de ouro que ainda dá muitos frutos. Alguns dias da semana o reality sequer fica 25 minutos no ar, tempo insuficiente pra ser justo e mostrar a convivência deles. Só entende bem o programa quem vê pela internet ou assina o pay-per-view. Na TV ele só existe como vitrine para os patrocinadores exibirem suas marcas, a emissora mesmo, parece estar pouco se importando.
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Por Mauricio Freitas
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