A Globo é considerada a número 1 em teledramaturgia.
No âmbito da dramaturgia, todas as emissoras fazem alguma promessa perante o público, mas não estão cumprindo como dizem. A Globo por exemplo, com a estreia de Travessia descumpriu mais uma vez o que vem fazendo há anos.
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Para começar, o SBT insiste em dizer que lançará um segundo horário de novelas. Acontece que por enquanto, se consolidou no nicho infantil e produz apenas uma trama inédita.
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Já a Band não demonstra interesse em voltar ao formato. A Record TV se especializou no formato bíblico e o segundo horário de novelas acabou sendo realocado para reprises.
Com relação à Globo, a maior produtora de novelas do Brasil, e uma das maiores do planeta, a promessa é em relação as intermináveis ‘barrigas’. Esse termo é usado para classificar os períodos em que nada acontece de significante nas novelas, deixando-as paradas e sem tanta emoção.
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Nenhuma dessas promessas foram cumpridas, nem mesmo pela Globo e nem pelas concorrentes. A Vênus Platinada conta com estudo e planejamento invejável, mesmo assim, não consegue implementar seu projeto.
Travessia atualmente no ar, promete ter a temida ‘barriga’. Apenas na terceira semana de exibição, o folhetim de Gloria Perez, que teve uma primeira semana ágil, começou a perder o fôlego ainda no início, imagine até meados de abril, onde será substituída por Terra Vermelha de Walcyr Carrasco.
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NOVELAS CURTAS
Outro ponto que faz com que as ‘barrigas’ sejam inevitáveis são o fato dos episódios ultrapassarem uma hora de duração. O mesmo aconteceu com Pantanal.
A Globo estuda reduzir a quantidade de horas no ar e o número de capítulos, assim os tornariam mais ágeis, consequentemente com mais emoção em tempo de tela. A proposta é impedir que as tramas andem em círculos, sem apresentar nada relevante, de acordo com informações do TV Prime.
É válido destacar que, em décadas passadas, as novelas tinham mais de 200 capítulos, o que as deixavam com um marasmo ainda maior. No mercado internacional, as tramas têm em média 40 minutos e somente 80 capítulos de exibição. Esse modelo deverá ganhar força no país.
Pelo menos essa promessa é feita há alguns anos pela emissora carioca. Fato é que, pelo menos as novelas do horário nobre estão com média de seis meses a sete de exibição, diferentemente dos oito e até nove meses de antigamente.
Porém, o folhetim das 19h atualmente, Cara e Coragem que é escrita por Claudia Souto e passa longe de ser um sucesso, ficará oito meses no ar, o que é um grande exagero e que a Globo errou feio em sua estratégia de programação.
É nítido, que fica praticamente impossível cumprir o que se espera há alguns anos. Mas o fato é que tramas mais curtas, além de movimentar o mercado de trabalho, também será muito mais apreciada pelo público pela sua agilidade.
O elenco reduzido, com poucos personagens também surgem como uma ideia para que o formato de uma novela mais curta seja viável comercialmente e também para o público. O fato é que a Globo descumpre mais uma vez uma promessa que vem fazendo há anos sobre suas novelas.