Falência pegou todo mundo de surpresa
A pandemia da Covid-19 afetou diretamente a vida de bilhões de pessoas. Além dos milhões de mortes, vários setores foram comprometidos e a economia em todo o mundo vivenciou um colapso. Aliás, várias empresas entraram em crise, enquanto outros não aguentaram as mudanças e decretaram falência.
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No Brasil, por exemplo, vários empreendimentos tiveram o fim decretado. Uma famosa empresa com 2.500 funcionários e 42 anos de atuação nos mercados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina surpreendeu ao pedir falência e fechar as portas. Estamos falando da Mobra, empresa de vigilância e facilites.
A empresa culpou a concorrência com preços abaixo do mercado e pandemia da Covid-19. “Fizemos o que era humanamente possível fazer para garantir a continuidade da empresa. Os preços praticados pelos concorrentes eram predatórios, inviabilizando a operação”, afirma Antônio Carlos Coelho, sócio do Grupo Mobra.
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A Mobra prestava serviços para bancos, companhias e instituições públicas. O pedido de autofalência foi protocolado no último domingo, 21 de maio. Vale lembrar que os primeiros sinais de que tudo estava indo mal, começaram a surgir em janeiro, quando a empresa começou a atrasar pagamentos de salários e benefícios.
A atitude levou à rescisão de contratos por parte de alguns de seus clientes, além da proibição da participação em processos licitatórios. Há poucos dias, a Mobra quitou parte dos passivos trabalhistas e, com a autofalência, pretende liquidar as demais dívidas. O processo é conduzido pelo escritório MSC Advogados.
Quantas empresas pediram falência no Brasil em 2023?
Apenas no primeiro mês de 2023, mais de 70 empresas deram entrada em pedidos de falência, segundo o Serasa Experian. Do total de 72 companhias, 19 são de grande porte, 25 médias e outras 28 são micro e pequenos empreendimentos.
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Se comparado o número com os anos anteriores, a diferença é gritante. Em janeiro de 2022, por exemplo, foram 46 pedidos de falência, enquanto em 2021 foram apenas 40 empresas.