Encerramento de operações e crise: A cerveja que você adorava agora pertence à Heineken

O Brasil é conhecido como um dos maiores consumidores de cerveja no mundo, e mesmo assim, uma cervejaria brasileira passou por dificuldades financeiras e foi adquirida pela Heineken, uma gigante cervejeira mundial.

A Brasil Kirin nasceu da fusão entre a brasileira Schincariol e a japonesa Kirin Holdings Company. Inicialmente, a empresa se concentrou em refrigerantes, mas logo expandiu seus negócios para bebidas alcoólicas. Sob o guarda-chuva da Brasil Kirin, marcas populares como Schin, Glacial, Cintra, Baden Baden, Devassa e Eisenbahn se tornaram conhecidas em mercados nacionais, competindo diretamente com líderes do setor, como a Ambev e o Grupo Petrópolis.

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Heineken (Reprodução/Internet)

A fusão ocorreu em 2012, mas a Brasil Kirin começou a enfrentar dificuldades financeiras já em 2014, devido ao cenário econômico brasileiro. Apenas três anos depois, a empresa anunciou sua venda para a Heineken. A Heineken justificou a compra com base nos desafios associados à economia brasileira e à concorrência em um mercado estagnado, tornando difícil a transformação da Brasil Kirin em uma empresa rentável.

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O que a Heineken ganha com isso?

A aquisição fez da Heineken a segunda maior empresa de cervejas no Brasil, com 19% de participação de mercado, superando a Petrópolis, que possui 11,9% das vendas. A líder do mercado, Inbev, domina com 63% de participação. A Brasil Kirin ocupava a terceira posição, com 11,9% de participação de mercado.

A Heineken ganhou uma presença mais sólida no mercado brasileiro, destacando a oportunidade de crescimento no segmento de cervejas premium, que é um dos mais promissores. A expansão da Heineken incluiu marcas premium como Baden Baden e Eisenbahn, reduzindo a dependência da marca Heineken, que é mais cara. Isso é significativo, uma vez que poderia aumentar os lucros e dobrar o tamanho das operações no país, de acordo com a Euromonitor.

Eisenbahn (Reprodução/Internet)

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A aquisição também permitiu à Heineken expandir sua presença nas regiões Norte e Nordeste, com a marca Schin, que é a segunda maior marca no Nordeste.

A Brasil Kirin operava 12 unidades produtivas nessas regiões, enquanto a Heineken tinha apenas cinco plantas, além da distribuição em parceria com a Coca-Cola. No entanto, a questão da distribuição se tornou um desafio, pois a Brasil Kirin trabalhava com cerca de 180 distribuidores independentes.

Qual é o país de origem da cerveja Heineken?