TRAGÉDIA

Enchente invade estúdios da Globo, diretor manda derrubar programação e cenas causam espanto: “Catástrofe”

23/02/2022 às 11h51

Por: Paulo Damião
Imagem PreCarregada
Sede da Globo fica no Jardim Botânico, no Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)

A Globo cresceu em cima da cobertura de uma enchente que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1966; relembre essa história a seguir

A Globo é a maior emissora do Brasil e da América Latina, mas nem sempre foi assim. Quando abriu, em 1965, a platinada ficou uns bons meses à beira da falência e Roberto Marinho quase precisou fechar as portas. Por uma eventualidade do destino, um desastre na cidade do Rio de Janeiro fez o canal crescer de forma exponencial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com o TV História, uma enchente que atingiu a capital fluminense em 1966 fez com que a empresa tivesse uma abertura para o caminho da liderança isolada que possui hoje. Antes disso, a emissora figurava no último lugar de audiência do Rio e os prejuízos financeiros eram imensos.

Em janeiro daquele ano, uma enchente deixou mais de 200 mortos, além de 500 mil desabrigados. Naquele dia, o diretor Walter Clark exigiu que toda a programação do dia fosse descartada, incluindo programas de entretenimento e novelas. Para isso, ele convocou todo o jornalismo para fazer uma cobertura ao vivo das chuvas, mesmo com todos os estúdios do térreo destruídos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cinegrafistas foram para as ruas alagadas com câmeras pesadas, jornalistas foram para o terraço do prédio da Globo no Jardim Botânico e o maior âncora da época, Hilton Gomes, narrava todos os acontecimentos. Motoqueiros levavam as fitas registradas nas ruas e levavam imediatamente para a sede da emissora, onde eram reveladas.

ONDA DE SOLIDARIEDADE

Para completar, o canal ainda levantou uma onda de solidariedade entre os moradores, que criaram uma espécie de ação voluntária para ajudar os desabrigados. A ação da Globo fez com que telespectadores simpatizassem mais com a nova emissora, que começou a se destacar pelo jornalismo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

REFERÊNCIA

“No Jardim Botânico tinha uma queda d’água que passou a ser a imagem-símbolo da enchente. A câmera que Walter Clark (1936-1997) mandou instalar na Rua Von Martius, apontando para a queda, ficava ligada dia e noite. Era como a imagem-padrão da Globo”, contou Armando Nogueira (1927-2010), que foi diretor global, mas trabalhava na TV Rio na época da enchente.

Enchente histórica do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/TV Globo)

Enchente histórica do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/TV Globo)

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Autor(a):

Eu sou Paulo Damião, jornalista formado pela FIAM-FAAM, em 2020. Trabalho com celebridades desde 2017 e admiro tudo o que envolve o mundo dos famosos e da televisão. Já entrevistei artistas, participei de coletivas de imprensa e sou responsável por desenvolver vários especiais de destaque no TV Foco.Meu email é [email protected]

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.