A Globo cresceu em cima da cobertura de uma enchente que aconteceu no Rio de Janeiro, em 1966; relembre essa história a seguir
A Globo é a maior emissora do Brasil e da América Latina, mas nem sempre foi assim. Quando abriu, em 1965, a platinada ficou uns bons meses à beira da falência e Roberto Marinho quase precisou fechar as portas. Por uma eventualidade do destino, um desastre na cidade do Rio de Janeiro fez o canal crescer de forma exponencial.
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De acordo com o TV História, uma enchente que atingiu a capital fluminense em 1966 fez com que a empresa tivesse uma abertura para o caminho da liderança isolada que possui hoje. Antes disso, a emissora figurava no último lugar de audiência do Rio e os prejuízos financeiros eram imensos.
Em janeiro daquele ano, uma enchente deixou mais de 200 mortos, além de 500 mil desabrigados. Naquele dia, o diretor Walter Clark exigiu que toda a programação do dia fosse descartada, incluindo programas de entretenimento e novelas. Para isso, ele convocou todo o jornalismo para fazer uma cobertura ao vivo das chuvas, mesmo com todos os estúdios do térreo destruídos.
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Cinegrafistas foram para as ruas alagadas com câmeras pesadas, jornalistas foram para o terraço do prédio da Globo no Jardim Botânico e o maior âncora da época, Hilton Gomes, narrava todos os acontecimentos. Motoqueiros levavam as fitas registradas nas ruas e levavam imediatamente para a sede da emissora, onde eram reveladas.
ONDA DE SOLIDARIEDADE
Para completar, o canal ainda levantou uma onda de solidariedade entre os moradores, que criaram uma espécie de ação voluntária para ajudar os desabrigados. A ação da Globo fez com que telespectadores simpatizassem mais com a nova emissora, que começou a se destacar pelo jornalismo.
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REFERÊNCIA
“No Jardim Botânico tinha uma queda d’água que passou a ser a imagem-símbolo da enchente. A câmera que Walter Clark (1936-1997) mandou instalar na Rua Von Martius, apontando para a queda, ficava ligada dia e noite. Era como a imagem-padrão da Globo”, contou Armando Nogueira (1927-2010), que foi diretor global, mas trabalhava na TV Rio na época da enchente.
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