Encontro com Fátima Bernardes não se intimida com críticas e segue investindo em temas polêmicos na Globo
Em 2012, a Globo decidiu que era hora de “modernizar” a sua programação. Parte da faixa matutina, ocupada pela tradicional TV Globinho, com desenhos animados, foi substituída pelo Encontro, programa de auditório que fazia uma aposta dupla: atingir um novo público e lançar Fátima Bernardes como apresentadora de programas de entretenimento, após muito tempo como jornalista e âncora do Jornal Nacional.
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O público mais saudosista, muitos que até tiveram sua geração marcada pela TV Globinho, faziam campanha pela volta do programa. No início, no entanto, tudo parecia ser mais levado na brincadeira, mas logo o retorno da atração infantil passou a ser associado a uma rejeição ao conteúdo do Encontro.
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Acontece que, em oito anos no ar, a atração comandada por Fátima Bernardes ficou marcada pela sua abordagem de temas polêmicos, que levaram os conservadores a protestarem em peso nas redes sociais, acusando o programa de fazer “apologia” a situações controversas e supostamente atingindo o público infantil em suas manhãs.
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Entre as polêmicas mais marcantes, está a do tema “crianças trans”, abordado pelo Encontro em 2017 e a música “Verdinha” cantada por Ludmilla na atração, em 2019, e que foi acusada de fazer apologia ao consumo de maconha.
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POLÊMICA RECENTE
A polêmica mais recente do Encontro ocorreu na edição de ontem (09) do programa. Acontece que a atração falou sobre a “vida de solteiro” em tempos de pandemia da covid-19, mostrando os riscos de se relacionar nesse período.
Até aí tudo bem. Porém, ao debater alguns tópicos, especialistas convidados chegaram a falar sobre sexo e masturbação, uma prática recomendada por alguns países para obtenção de prazer nesse momento.
Isso foi suficiente para causar uma nova revolta nos conservadores. Parte do público e até políticos, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, detonaram o Encontro, acusando o matutino de “incentivar a masturbação na quarentena” em um horário que tem a audiência de crianças.
“Dez da manhã, crianças em casa, sem poder ir à escola ou sair pra brincar. O que a Globo deveria exibir? Desenhos e programação educativa, como ocorria antigamente. O que a Globo está exibindo? Fátima Bernardes incentivando que o público se masturbe durante a pandemia”, disparou Eduardo.
Diante disso, novamente, os pedidos em torno do fim do Encontro e do retorno da TV Globinho voltaram à tona, e fizeram com que o nome da atração infantil chegasse a ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter, mesmo que muitas mensagens fossem com piadas sobre o tema.
Apesar das críticas, a Globo parece não fazer planos de promover o retorno de desenhos a essa faixa. Pelo contrário, a emissora carioca avalia que programas de entretenimento para o público adulto nesse horário se tornaram realmente mais vantajosos, até pelas restrições recentes de propagandas com a participação de crianças, o que dificulta a vida de anunciantes com produtos voltados para o público infantil.