Éramos Seis prova a importância dos atores “veteranos” estarem em cena com a nova geração
24/03/2020 às 21h37
Éramos Seis, na Globo, está em sua última semana, e o remake escrito por Angela Chaves mostrou a importância de bons papéis nas mãos de atores considerados “veteranos”
A Globo sempre deixou nas mãos de seus atores mais experientes, papeis de protagonismo, antagonismo ou então personagens diretamente ligados a eles. Tony Ramos, Christiane Torloni, Antônio Fagundes, Regina Duarte, Marieta Severo, Tarcísio Meira, Reginaldo Faria, Vera Holtz são alguns dos nomes que pesam na escalação de qualquer elenco.
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Mas as últimas produções da emissora , os papéis desses atores está cada vez mais ligados a personagens coadjuvantes, que também são importantes para as tramas. Já o elenco jovem, tem cada vez mais, conquistado papéis de protagonistas, o que também não é uma coisa negativa.
No entanto, o que vimos ao longo de Éramos Seis é a medida correta da mistura da distribuição desses papéis na história reescrita por Angela Chaves, que também mostrou uma riqueza nos diálogos além da suavidade na direção das cenas.
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Um exemplo é o núcleo da família Lemos, protagonizados por Gloria Pires e Antonio Calloni. O texto da personagem Lola é um presente para qualquer ator e ainda ajuda e muito na condução da interpretação da personagem, principalmente nas cenas que necessitam de grande dose de emoção.
As cenas em que Gloria Pires contracena com o elenco “jovem” que interpretam seus filhos, Giullia Buscacio, Danilo Mesquita, André Luiz Frambach e Nicolas Prattes provam a importância da troca de experiências e a valorização das gerações de todo banco de elenco da Globo.
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Outro exemplo é o núcleo de Itapetiniga, onde as personagens Maria e Candoca, (Denise Weinberg e Camila Amado) dão um toque especial nas cenas de humor em que Eduardo Sterblitch e Maria Eduarda de Carvalho protagonizam como Zeca e Olga, para suavizar o drama puxado de Éramos Seis, um grande destaque.
Já núcleo da mansão de Emília, também não teria o mesmo impacto se as personagens de Susana Vieira e Thiago Justino (Emília e o mordomo Higino) não jogassem igualmente com as atrizes Joana de Verona e Julia Stockler. Esses atores protagonizaram cenas fortes de muitos embates.
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Outros atores que fizeram a diferença em Éramos Seis
Esses são apenas alguns exemplos de como os atores considerados “veteranos” pelo tempo de dedicação ao teatro e a TV, fazem total diferença na troca de experiência com o chamado “nova geração”. Além de Gloria Pires e Susana Vieira, ainda podemos destacar os trabalhos de Virgínia Rosa (Durvalina), Cássio Gabus Mendes (Afonso), Werner Schunneman (Assad), Kelzy Ecard (Genu), Stepan Nercessian (Gusmões) e Kiko Mascarenhas (Virgulino).
Autor(a):
Mozuka Braga
Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.