A atriz Erika Januza já está entre o nome das maiores atrizes da nova geração. Para comemorar a boa fase na carreira, ela esteve no Altas Horas que foi ao ar neste sábado (12) na Globo. Na atração, ela falou sobre um processo que mudou a forma como ela vê seu cabelo: a transição capilar.
“Meu cabelo foi alisado durante 28 anos. Tenho 33. Hoje entendo que era uma forma de me proteger atrás de alguma coisa, que eu não sabia o que era. Descobri quando me encontrei como mulher negra. Porque parece que você precisa desse momento para entender: peraí, é o meu cabelo, é a minha essência, é minha raiz literalmente, é me aceitar como sou”, comentou.
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A atriz não quer mais esconder o estado verdadeiro de seus fios. “Meu cabelo não tem que ser bonito pra ninguém. Não tenho que mudar pra ficar bonita. Posso sim querer usar hoje liso, outro dia fazer trança, mas minha essência é o cabelo crespo. E não posso me esconder atrás de uma química pra ser uma pessoa melhor, mas por muito tempo me escondi atrás disso”, disse.
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Erika associou o hábito de alisar os fios com a cultura racista. “Acho até que é uma coisa que vem de criação de muitas meninas. ‘Já chegou a idade, já pode alisar’. Esperava chegar a idade pra química talvez não fazer mal para a gente. Sou bonita do jeito que sou, não tenho que mudar por causa de ninguém e por causa do preconceito de ninguém. O preconceituoso é que está com problema, não eu”, opinou.
No programa de Serginho Groisman, ela também falou sobre o sonho de criança: ser atriz. “Nem sei como nasceu isso em mim. Me achava feia e, sei lá por que motivo, quis ser modelo. É muito incoerente, mas talvez uma forma de tentar melhorar minha autoestima. Não sei explicar bem isso”, contou.