Itaú está envolvido em escândalo com direito a denúncia no Banco Central por venda de 3 bilhões
O Itaú foi surpreendido nesta sexta-feira (27) com uma notícia que pegou de vez a empresa por meio de uma denúncia.
Acontece que uma venda feita há uns anos, de pouco mais de 3 bilhões de reais, teve o Itaú envolvido no meio em situação que gerou uma verdadeira polêmica.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo informações do Metrópoles, há uns anos, a Kabum era a maior loja de vendas no segmento de eletrônicos de toda a américa latina.
A Magazine Luiza ofereceu valores absurdos para a empresa para que ela cedesse e fosse comprada pela varejista famosa.
O problema é que, depois de uns anos, exigindo o que lhe foi prometido, os ex-donos da Kabum acusam a Magazine Luiza de não cumprirem com o prometido, tendo até o Itaú no meio.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
QUAL FOI A DENÚNCIA?
Os irmãos Leandro e Thiago Ramos, ex-donos do Kabum, fizeram uma denúncia no Banco Central, pedindo que o Itaú BBA seja investigado por suposto conflito de interesses na condução dos negócios que resultaram na venda do site para o Magazine Luiza, em 2021.
No documento os responsáveis legais dizem que os ex-donos do Kabum “têm plena ciência de que não cabe ao Banco Central se imiscuir na relação privada firmada entre eles e o Itaú BBA”. Argumentam, contudo, que o BC é responsável por disciplinar a prevenção de conflitos de interesse nas instituições financeiras e solicitam a investigação.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Leandro e Thiago Ramos afirmam que foram prejudicados em ao menos três aspectos no processo de venda da plataforma de e-commerce para a varejista, no qual foram assessorados pelo Itaú BBA.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um deles diz respeito justamente ao suposto conflito de interesses. Nesse caso, os ex-donos do Kabum alegam que o responsável por assessorá-los no processo de venda do site foi o diretor da área de fusões e aquisições do Itaú BBA, Ubiratan Machado. Os Ramos apontam que Machado é cunhado do CEO do Magazine Luiza, Frederico Trajano, e eles não foram informados sobre essa relação de parentesco.
Outro ponto destaco é que o valor de venda estipulado em R$ 3,5 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão em dinheiro e R$ 2,5 bilhões conversíveis em ações do Magazine Luiza.
Imediatamente depois da venda do site, o Itaú BBA conduziu uma oferta pública de ações do Magalu no mercado, o que diluiu o valor dos papéis da empresa.
Tal oferta, acrescentam os Ramos, teria resultado em perdas estimadas em cerca de R$ 1 bilhão para os irmãos.