O ano de 2013 foi marcado pela decisão das emissoras da TV brasileira a reduzir os gatos e demitir funcionários. Só a Record registrou pelo menos 400 cortes em São Paulo e outras 700 no Rio de Janeiro. A Band cortou 300 vagas e a Cultura, 200. Juntas, as três emissoras dispensaram mais de 1.500 profissionais, segundo estimativas dos sindicatos de radialistas e jornalistas.
Esse número equivale aos funcionários de toda uma rede pequena, como a Cultura e a RedeTV!. A Globo não teve cortes em massa, mas optou por uma política mais dura, reduzindo as contratações de novos artistas e limitando vínculos a três anos. A desaceleração da economia foi apontada como a principal vilã para tanta demissão.
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Após estudo feito por uma consultoria, a Record escolheu firmar parcerias com produtoras independentes e a trabalhar no sistema de coprodução. Com isso, calcula-se que pelo menos 700 funcionários tenham perdido o emprego no RecNov, complexo de estúdios da Record.
Em São Paulo, a emissora pensou até terceirizar suas produções, mas desistiu. O corte mais intenso foi o do apresentador Gugu Liberato. A emissora não conseguiu manter sua maior contratação em todos os tempos, a um salário de mais de R$ 3,5 milhões mensais, e teve de dispensá-lo na metade do contrato. Até o helicóptero símbolo de sua cobertura jornalística, o Águia Dourada, foi usado para pagar a multa.
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O aperto nas contas de 2013, no entanto, não intimidou as emissoras a fazerem gastos esbanjadores. A Band, por exemplo, comprou um helicóptero para o jornalismo e levou uma comitiva de 14 executivos para uma feira de TV em Cannes, na França, causando revolta entre funcionários.
Procuradas, Band, Record e TV Cultura não comentaram o assunto.
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Com informações do site Notícias da TV.
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