Magalu estourou os cofres e comprou rival, amada por muitos brasileiros, por um valor milionário
O ano era de 2011, quando uma famosa e amada rede de lojas de móveis do Brasil acabou sendo vendida para a Magazine Luíza (Magalu) que é uma das nossas maiores varejistas do segmento da atualidade.
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Estamos falando da icônica e saudosa “Lojas do Baú“, que foi fundada no ano de 2007, pelo apresentador do SBT, Silvio Santos.
A primeira loja do baú foi inaugurada em setembro de 2007 na região de Santo André.
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A meta da empresa era abrir lojas nas regiões Sul e Sudeste do país e disputar com as gigantes do setor da época, as Casas Bahia e o Ponto Frio, por exemplo.
Magazine Luíza comprou as Lojas do Baú n ano de 2011 (Foto Reprodução/Internet)Fim de uma era
Como mencionamos acima, as Lojas do Baú foram vendidas no ano de 2011, mais precisamente em meados do dia 13 junho de 2011, e a transação foi concluída no dia 27 daquele mesmo mês.
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Segundo o portal Uol, um dos motivos da venda para a Magalu, foi por não possuir condições de concorrer com grandes empresas globais de varejo, e acabar falindo.
Fora isso, essa transação fez parte de uma reestruturação definida pelo Grupo Silvio Santos para amenizar os impactos da venda de outro empreendimento que andava “mal das pernas”, o banco Pan Americano, que foi vendido para o BTG Pactual
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Venda essa ocorreu após a descoberta de uma fraude contábil, que gerou rombo de cerca de R$ 4 bilhões (US$ 2,5 bilhões) na instituição financeira*
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O estouro de cofres
Na época, a compra das Lojas do Baú, custou aos cofres da Magazine Luíza, o valor de R$83 milhões. A operação envolvia as 121 lojas da varejista distribuídas entre São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
De acordo com o que foi publicado na Folha de São Paulo, das 121 lojas do Baú, 12 foram fechadas e quatro incorporadas a marca Magalu com algumas reformas.
A decisão foi informada, na ocasião, via teleconferência após a conclusão do plano de avaliação dos pontos de venda.
De acordo com o portal G1, a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) saiu em março de 2013, por unanimidade.
Constante crescimento
Segundo declarações de Frederico Trajano, até então, diretor-executivo de marketing e vendas da rede, e que atualmente atua como CEO da varejista, outras 35 unidades da antiga rede de Silvio Santos passariam a funcionar no modelo de loja virtual no período de outubro daquele ano.
As outras 70 lojas do Baú seriam mantidas sob a mesma bandeira até janeiro do ano de 2012, quando adotariam o nome do Magazine Luiza, mudança que marcaria de vez o fim e o adeus da marca Baú.
Essa movimentação ocorreu ao mesmo tempo em que a varejista dava outros passos de integração da Lojas Maia, adquirida no ano de 2010.
Porém, esse corajoso e substancioso investimento fez com que a varejista passasse por pequenos percalços. De acordo com o portal Exame, a compra do Baú da Felicidade, acabou trazendo alguns dessabores para Magalu.
Isso porque no ano de 2012, a transação acabou ofuscando os resultados da varejista naquele ano.
Segundo uma declaração dada pela própria presidente da loja, Luíza Trajano, a aquisição saiu da rota dos planos da varejista, mas a mesma afirmou, na ocasião, que não se arrependia do negócio:
“Mas não me arrependo, porque o negócio era necessário. Primeiro porque o preço era atrativo. E precisávamos expandir as operações em São Paulo com pelo menos 20 lojas” – Disse ela na época
Qual a importância da Magazine Luíza no cenário atual?
E não é que essa expansão deu certo? atualmente a Magazine Luíza, mais conhecida como “Magalu“, de longe, é uma das redes mais consolidadas do mercado varejista.
Inclusive, vale dizer, que mesmo durante o período mais crítico da pandemia, ela foi a que mais se destacou em medidas para conter a crise e ajudar o mercado nacional.
Segundo o Diário do Comércio, a Magalu, indo pela contramão da maioria das empresas varejistas que acabaram fechando e demitindo funcionários, na época, conseguiu até aumentar suas vendas durante esse período difícil.
Em maio de 2020, mesmo com as lojas físicas fechadas, as vendas cresceram 46% em comparação com o mesmo período do ano de 2019 por meio do seu e-commerce.
Tanto é que no início da pandemia, a sua participação do digital nas vendas já era superior a 50%, graças ao empenho de todos os funcionários e parceiros, conforme a própria Luiza destacou.
No ano de 2022, de acordo com a Istoé Dinheiro, a Magazine Luiza liderou o ranking do segmento, com valor de marca de R$ 6,83 bilhões, ficando à frente do Assaí (R$ 5,82 bilhões), Americanas (valor de R$ 5,61 bilhões), Casas Bahia (R$ 5,60 bilhões), e, fechando o top 5, Atacadão (R$ 5 bilhões).
Fora isso, segundo o portal Seu Dinheiro, a Magalu entrou para o ranking com as 10 ações preferidas para o mês de junho de 2023.