Marcelo Dominó, um dos melhores amigos de Gugu Liberato, abriu o jogo sobre o acidente envolvendo o apresentador. Em entrevista, ele revelou como descobriu sobre o acontecido e a reação da família
A morte de Gugu Liberato pegou o Brasil de surpresa. O apresentador sofreu acidente grave em sua casa em Orlando, nos Estados Unidos, falecendo dias depois. As primeiras notícias do acontecido pegaram o público de surpresa e toda a mídia estava apreensiva com as primeiras informações. A gravidade do acidente tirou a vida de Gugu, criando uma rede de solidariedade pela família dele.
Nesta segunda-feira, 25, o SBT exibiu uma edição especial do Conexão Repórter, com Roberto Cabrini entrevistando Marcelo Dominó, um dos melhores amigos de Gugu, que esteve presente em todos os momentos pós-acidente. “Os médicos americanos são frios e são diretos. Eles chegaram para explicar o quadro clínico do Gugu, estava eu e a Rose somente, não tinha mais ninguém. Rose chorando muito, eu também emocionado, eu falei para explicar o que aconteceu, eles explicaram para nós que a queda foi muito forte, que a situação dele era de um quadro irreversível, usaram essa palavra, irreversível. No mesmo momento, a Rose me pediu para fazer uma pergunta: ‘Marcelo, pergunta para eles qual a chance de sobrevivência’, eu fiz essa pergunta para o médico”. O médico olhou para mim e falou: ‘Zero'”, disse Marcelo.
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Rose questionou os médicos porque não poderiam fazer uma cirurgia em Gugu, a fim de drenar o sangue no cérebro. “Ele falou: ‘Olha, o neurocirurgião já olhou todo esse aspecto e, infelizmente, a cirurgia. Nós fazemos a cirurgia em caso de sobrevivência, não é o caso dele’. Uma pena”, revelou Marcelo.
A casa onde aconteceu o acidente era nova e Gugu estava há pouco tempo no local. “Ele não estava há muito tempo nessa casa. Ele comprou essa casa em torno de uns 5, 6 meses. Porque ele primeiro alugou uma casa, foi o primeiro passo dele, e depois que ele mudou, ele resolveu comprar. Foi quando ele comprou essa casa, onde ele sofreu o acidente”, contou Marcelo Augusto.
Com um aparente problema no ar-condicionado, Gugu foi até o sótão para tentar resolver. “A Rose falou que ele estava no quarto dele e estava muito frio no quarto. E aquela semana estava bem fria aqui na América. Ele estava achando que estava tendo alguma coisa estranha no ar-condicionado, talvez ele quisesse aquecer um pouco mais a casa, então ele resolveu subir no sótão para verificar o ar-condicionado”, explicou.
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A mudança de Gugu para os Estados Unidos foi para buscar uma vida mais tranquila, a fim de poder aproveitar momentos com os filhos. “Ele estava em um momento de tranquilidade. Ele estava em um momento de descanso, um momento de refletir a vida, olhar tudo o que foi feito. Isso foi compartilhado comigo em vários momentos que nós estivemos juntos. Ele queria gravar os talk-shows, mas queria ter mais tempo com a família”, contou Marcelo.
“Porque era uma vida simples, ele poderia ser simples. Ele poderia buscar os filhos na escola, ele poderia levá-los. Vida de cidadão comum. Era muito normal você ir ao banco e encontrar ele na fila. Como é normal você ir ao supermercado e encontrar o Silvio Santos”, acrescentou Marcelo sobre Gugu nos Estados Unidos.
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A notícia do acidente de Gugu pegou todos de surpresa e Marcelo relembrou onde estava quando descobriu o acontecido. “Eu estava no hospital com a minha mulher, que tinha sido diagnosticada com tumor no cérebro. O mesmo hospital onde o Gugu seria levado. Ela tinha acabado de passar por uma cirurgia de remoção do tumor no cérebro. Engraçado que naquela noite, de quarta-feira para quinta de manhã, eu não consegui dormir direito, alguma coisa me incomodava muito, mas eu mal podia imaginar que seria essa fatalidade”, disse. “Quinta-feira pela manhã, a Rose me manda um áudio muito preocupada, muito angustiada. Assim que eu cheguei lá, imediatamente eu encontro com a Rose, ela já muito desesperada, o que é normal por toda a situação. Vou até o quarto 404, que era onde o Gugu estava e me deparo com ele com os equipamentos de sobrevivência e eu só pude fazer uma coisa, colocar minha mão e orar por ele”, acrescentou.
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A morte, no entanto, foi inevitável, dado a gravidade do acidente sofrido por Gugu Liberato. “Nesse mesmo momento, o médico disse que na parte da tarde, a dona Maria, o Amandio e a Cida iriam chegar por volta de 6h da tarde. E o médico falou que por volta de 3, 4h da tarde iriam fazer os novos procedimentos de acordo com as leis da Flórida, de um segundo resultado de que realmente não teria funções neurológicas para que então pudesse decretar a morte encefálica. Cumprir o protocolo, mas eu já sabia”, explicou Marcelo.
No Brasil, as notícias ainda afirmavam que Gugu estava vivo, Marcelo já sabia que o apresentador tinha morrido. “Eu já sabia, embora o Brasil divulgasse que a morte era inverídica ou coisa parecida, eu já sabia. Ela não era inverídica”.
Com a confirmação, Marcelo orientou que Rose retirasse os filhos da escola, a fim de reunir a família nesse momento de tristeza. “Tanto que, assim que terminamos de falar com os médicos, a primeira coisa que eu orientei a Rose. ‘Rose, chame as crianças. Traga teus filhos para o hospital agora. Tire-os da escola, vamos mandar alguém buscar’. Até falei com o Fernando, que era o motorista na hora: ‘Pega as crianças e traga-os para cá’. ‘Converse com as crianças, explique para as crianças a situação do pai’. Porque, até então, as crianças não sabiam. Eles chegaram à tarde lá. A mãe falou para eles. Eu sei que eles foram ver o pai assim que a avó chegou, junto com a Cida e com o Amandio, que são os irmãos. A comoção foi grande, e foi aí que o Amandio falou: ‘Não desligue os aparelhos, porque eu quero a opinião de um segundo médico’. Foi quando pediram para o Guilherme vir do Brasil para cá”, disse Marcelo.