Ex-funcionária faz graves acusações contra jornalistas da Globo e cita nomes: “Fui defendida nos programas”
17/01/2019 às 12h25
A famosa correntinha de revelações do Twitter continuam fazendo vítimas. Desta vez, foi a vez de uma jornalista que trabalhou durante muitos anos nas rádios CBN e Globo, no canal SporTV e no site Globoesporte.com relatar o que enfrentou ao longo dos anos na emissora carioca.
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Trata-se de Mayra Siqueira, que em seu perfil no Twitter, revelou ter sido vítima de machismo por parte de grandes nomes do jornalismo do canal, como é o caso do narrador Cleber Machado.
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“O Cleber Machado, quando eu finalmente ganhei um teco da sua confiança (levaram 2 anos e meio de Seleção pra isso), me disse que acha nada ver isso de mulher narrar, porque não é uma coisa que orne muito. Eu sorri e entendi que esse aí não vai mudar de ideia, e td bem”, iniciou.
“Antes disso, ele fez questão de tentar massacrar meu argumento em infinitas vezes nos programas. Motivo aparente? Mulher, novinha. Passou e, depois de alguns chás de aeroporto ao lado dele, cantamos juntos Elis Regina no caminho pro estúdio. Esse dia foi fera”, completou.
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Em seguida, foi a vez de falar sobre o ex-técnico Muricy Ramalho, hoje comentarista do SporTV: “Já ouvi 2 vezes em coletivas ao vivaço do Muricy ‘você sabe muito de futebol, né?’ (insira tom irônico). Na primeira, fiquei arrasada. Na segunda, virei notícia e fui defendida nos programas”.
“Ele nunca se abalou e, anos depois, fizemos programas de TV juntos na mesma bancada”, continuou. O terceiro a ser exposto pela jornalista foi o treinador Tite, da seleção brasileira, que foi deselegante ao responder a uma pergunta, mas logo se retratou.
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24) Antes disso, ele fez questão de tentar massacrar meu argumento em infinitas vezes nos programas. Motivo aparente? Mulher, novinha. Passou e, depois de alguns chás de aeroporto ao lado dele, cantamos juntos Elis Regina no caminho pro estúdio. Esse dia foi fera
— Mayra Siqueira (@mayrasiqueira) January 14, 2019
“O Tite um dia me deu uma resposta levemente grosseira e que soou machista. Na resposta seguinte, interrompeu o que dizia a outro repórter pra pedir desculpas. “Poderia ser minha filha aqui””, afirmou.
Sobre o jogador Dagoberto, ela revela: “O Dagoberto, no meu primeiro ano de repórter de campo, passou reto por mim ignorando minha pergunta. O Fernando Fernandes, da Band, parou ele na sequência e disse ao vivo ‘já que você não respondeu a pergunta da moça, eu vou repetir’. Ele repetiu, é o Dagoberto respondeu”.
“O meio de imprensa esportiva é uma merda pra mulheres, ainda. E ainda bem que tá se enchendo de ~feminista chata~. Vcs não fazem ideia do que é saber que cada mulher que chega é “carne nova” na visão dos jornalistas homens, que acham ok e normal ir pra cima feito urubu”, explicou.
“Tem muito cara incrível e decente no jornalismo esportivo, e guardo vários como grandes amigos. Outros que são só aqueles ‘tiozões incorrigíveis’ que você tolera. E outros que você cumprimenta por educação”, finalizou.