A ex-Masterchef Junior, Valentina Schulz, em conversa com o jornalista Alvaro Leme, em seu canal no Youtube, relembrou o episódio traumático que sofreu durante sua participação no programa da Band ao sofrer com os assédios.
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Aos 15 anos, Valentina disse não ter superado totalmente o que aconteceu. “É um negócio que ninguém supera. (…) Sempre vai ter que se policiar mais do que faria normalmente. Depois de tudo o que aconteceu a maior lição que eu tive é que a gente tem que lutar. Temos que ser fortes e ajudar umas as outras. Nunca vou superar. É um negócio que me emociona muito e as pessoas que estavam comigo. Os meus pais me blindaram muito do que aconteceu, mas tenho muito medo de tudo”, disse.
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Valentina ainda relatou que só não é assediada quando está na presença de outros meninos. “Nunca fui assediada ou tentaram passar a mão em mim quando estava com algum menino. Só quando estava com meninas ou sozinha. Tanto que no Carnaval só poderia ir em bloco com mais de cinco meninos. Porque senão eu tinha medo e minha mãe também de me deixar ir em bloquinho”, declarou.
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Em seu canal no Youtube, dois anos após o ocorrido, Valentina falou sobre feminismo e assédio.
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“Eu realmente estava muito perdida, porque meus pais me blindaram quase cem por cento do que estava rolando, porque eles não queriam que eu lesse aquelas coisas nojentas. Afinal, eu era uma criança de 11 anos”, disse ela, se referindo a noite em que o primeiro episódio da atração foi ar. “Foi bem estranho, porque eu estava realizando um sonho, participando de um programa na TV aberta para todo mundo me conhecer e, ao mesmo tempo, estava rolando um crime nas redes sociais”, disse.
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Na época, Juliana de Faria, do ThinkOlga, criaram uma campanha entitulda de MeuPrimeiroAssédio, nas redes sociais com o objetivo de apoiar Valentina e debater a questão do assédio sexual entre adolescentes e jovens.
“A melhor parte dessas pessoas terem aberto o coração e contado todas as histórias foi que as pessoas conseguiram entender que assédio não é uma coisa que acontece quando você tem 30 anos e está saindo da balada às duas da manhã”, disse. “Acontece quando você é uma criança e está indo para a escola. Acontece quando você é adolescente. Acontece de maneiras nojentas e em lugares que deviam ser de confiança”.
No vídeo, ela aproveitou para fazer um apelo: “As pessoas têm que perceber que a culpa não é da pessoa que está sendo assediada. Ela usa a roupa que ela quiser, ela sai de casa na hora em que ela quiser. Ou, na real, ela deveria poder”, concluiu.