Ex-funcionário cobra dívida da Band após ficar doente e ser demitido: “Nunca fui valorizado”

O editor Maurício Verfe foi demitido pela Band Rio após comunicar doença. (Foto: Arquivo Pessoal)

O TV Foco obteve informações exclusivas de um ex-funcionário da TV Bandeirantes que cobra uma dívida por direitos trabalhistas após ficar doente e ser demitido em abril desse ano. Maurício Verfe da Fontoura ficou por alguns anos na Band no Rio de Janeiro.

Para o TV Foco ele relatou os momentos de desespero que viveu depois de descobrir um tumor na veia cava, que precisou de afastamento por causa da quimioterapia, e ao ser demitido pela direção de jornalismo da emissora, sob o comando de Rodolfo Schneider .

“Fui demitido em 2015 durante meu tratamento de um câncer no qual eu estava sendo vítima. Entrei com um processo trabalhista e de dano moral. Por o meu caso ser grave, em sete meses a justiça determinou minha reintegração“, contou Maurício, que sofreu um baque com a demissão da Band.

A direção da emissora garante que o desligamento do rapaz não envolvia a sua doença, mas que estavam passando por reformulações. O fim do “Café com Jornal” local foi usado, principalmente, para calçar a demissão de Maurício.

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“Voltei a trabalhar lá com a promessa de que seria tudo normal, eu trabalharia tranquilamente sem nenhum tipo de repressão“, frisou o editor e repórter. “No entanto, deixei claro que eles não poderiam fazer aquilo, até propus um acordo, mas o jurídico junto do RH não abriram mão da demissão“, relatou.

Após travar uma batalha judicial, Maurício foi reintegrado em novembro de 2015. Ficou por mais um ano e cinco meses trabalhando no canal, até ser demitido novamente. Agora, o rapaz quer receber o que tem direito, mas a direção da Band já avisou que não vai pagar.

“Nunca fui valorizado, era mega repreendido, me colocaram literalmente na geladeira, mesmo eu tendo dito que na minha volta eles poderiam contar comigo para o que fosse necessário“, contou ele, que trocou a Globo, por ser terceirizado, pela Band e se arrependeu.

Sobre o andamento do processo por dando moral e trabalhista, o ex-funcionário deu mais detalhes: “O valor hoje está por volta de R$ 300 mil, determinado pela justiça“.