Vitória Fallavena entrou para movimentar “Além da Ilusão.
A atriz, Vitória Fallavena entrou para uma participação especial de 10 capítulos em “Além da Ilusão”, novela das seis da Globo. Dando vida à Mércia, uma perseguida política na trama que se passa na década de 1940, onde a gaúcha está fazendo a sua estreia em um folhetim de época.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com apenas 25 anos, Vitória Fallavena é formada em Atuação Cênica na UNIRIO, também é professora de teatro, assistente de direção e palhaça. A atriz da Globo, já estrelou espetáculos como “Vamos Fazer Nós Mesmos’’ no Tempo Festival, ”Noite da Comédia Improvisada” e “Ópera Piedade”. Além disso, participou de várias campanhas publicitárias.
SAIBA MAIS! Além da Ilusão: Davi faz loucura, põe sua vida em risco para livrar Joaquim e faz Nelsinho quebrar a cara
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na TV, sua experiência foi nas novelas “Bom Sucesso” (Globo, 2019), “Amor Sem Igual” (Record TV, 2020) e “As Seguidoras” (Paramount+, 2022). Durante a infância, Vitória sonhava em ser jogadora de futebol, e chegou a ser apelidada de “Ronaldinha” no colégio, tendo praticado o esporte até os 13 anos. Porém, foi picada pelo ‘bichinho da atuação’, e desde então investe na carreira artística.
Além da novela, a atriz está muito animada para iniciar as gravações do seu primeiro curta metragem, que escreveu e irá dirigir, o qual será estrelado por Raphael Vianna. Em entrevista exclusiva para o TV FOCO, Vitória Fallavena abriu o coração e relembrou sua trajetória profissional, deu detalhes sobre o clima nos bastidores da novela das seis da Globo e comparou a história de Mércia com a polarização política atual. Confira!
Você já fez outras novelas e também participou de alguns seriados, mas é a primeira vez que participa de uma trama de época e que está repercutindo bastante nas redes sociais. Me conte um pouco sobre a sua trajetória até a Mércia de ‘Além da Ilusão’?
Sou formada em Artes Cênicas na Unirio e sempre estive mais ligada ao teatro, criando, realizando projetos pessoais e me mantendo em movimento. Há alguns anos passei a buscar também o audiovisual e comecei a fazer testes, tive pequenas participações e segui estudando, até a chegada de Mércia.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Além da Ilusão não sai do previsível, termina com realizações de sonhos, vilã morta com pipoca e beijaço de época; confira
● Além da Ilusão: Último capítulo terá casamentos, mágica e morte; confira os principais desfechos
● Além da Ilusão – Davi morre? Ilusionista se afoga após sabotagem macabra de Úrsula
Como surgiu a oportunidade de fazer parte do elenco de ‘Além da Ilusão’?
Conheci o produtor de elenco da novela no final de 2019 durante um teste da Malhação e, já conhecendo meu trabalho, me chamou para participar.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Entrar no meio da novela tem um gosto diferente? Você tem a ‘sensação’ de que não tem muito tempo para ‘encontrar’ a personagem. Como você se preparou para interpretar a Mércia?
Entrar no decorrer de uma novela realmente tem outro ritmo e senti que demanda uma proatividade maior. Estudei muito, assisti a vídeos, documentários e filmes relacionados com a época da novela, como “Olga”, “As Sufragistas” e “O Capitão Corelli” e tive encontros particulares com as preparadoras de atores Marina Rigueira e Thaís Mansano.
Na novela, você interpreta Mércia, a prima do padre Tenório (Jayme Matarazzo) e uma fugitiva política comunista, junto ao seu noivo Nathan (Luan Borges). Ambos os personagens ganharam comoção do público por lutarem por melhores condições de trabalho, o que era proibido pelo presidente vigente, Getúlio Vargas, durante o Estado Novo. A história tem semelhança com a política atual, como você enxerga essa polarização que estamos vivendo e ao mesmo tempo, a que a sua personagem está enfrentando em ‘Além da Ilusão’?
Eu sou contra radicalismos em geral, mas não acredito em neutralidade também. Não existe ação neutra, tudo que falamos, fazemos ou deixamos de falar e fazer expressa sentidos. Hoje, diferentemente do que Mércia enfrentava, podemos nos posicionar, podemos reivindicar o que queremos para o futuro, sem a tamanha repressão de Getúlio. Polarização demanda atenção e principalmente escuta, enxergo como um momento de diálogo e posicionamento, assim como Mércia, devemos lutar pelo que acreditamos.
Mulheres na política têm sido historicamente sub-representadas nas sociedades ocidentais em comparação com os homens. Como você enxerga o papel da mulher em crises políticas? Você vê uma mudança nesse quadro a curto prazo?
A mulher é fundamental em todos os lugares, que bom que finalmente estamos conseguindo estar onde devemos e merecemos. Ainda temos uma longa caminhada pela frente e espaços para adentrar com mais força, não sei ao certo quanto tempo levará para estas mudanças se tornarem concretas, mas sei que o movimento começou e nada irá nos parar, estamos nos empoderando. É imprescindível termos o olhar feminino com mais ênfase na política e no mundo.
Apesar de participar de 10 capítulos como Mércia, sua personagem foi marcante. Como foi o entrosamento com a equipe e o elenco da novela, que conta com nomes como Larissa Manoela, Rafael Vitti e Jayme Matarazzo?
Me senti sortuda de fazer parte de um projeto com uma equipe tão legal. Todos sempre foram muito acolhedores comigo. O Rafa eu já conhecia pois somos crias do mesmo mestre Cico Caseira, e os outros parceiros de cena Jayme, Larissa e Débora, foram uns amores, foi muito bom poder trocar com eles. Desejo encontrá-los novamente em trabalhos futuros.
Além de atriz, você é palhaça e interpreta a personagem Chantily, apresentando-se com seu grupo, Pela Ponta do Nariz, em vários hospitais. Como surgiu a ideia desse projeto?
Nosso grupo surgiu dentro do projeto de extensão da Unirio, de formação de palhaços de hospital, Enfermaria do Riso. Já atuávamos juntos nos hospitais, apenas formamos nossa companhia e criamos o nosso projeto pois queríamos dar continuidade fora da universidade. Hoje, temos um espetáculo teatral e um cortejo para apresentações no ambiente hospitalar.
Além de atuar, ser professora de teatro, assistente de direção e palhaça, é verdade que antes de seguir na vocação artística, você cogitou ser jogadora de futebol?
Eu sempre fui apaixonada por esportes em geral. Na infância o futebol era o meu amor e o que eu sabia fazer de melhor, o sonho de ser jogadora surgiu espontaneamente com as minhas vivências da época.
Qual dica você daria para as pessoas que sonham com a carreira artística?
A minha principal dica para quem realmente ama este ofício e não consegue fazer outra coisa, é persistir. Este ramo não é nada fácil, além da persistência e da garra, é preciso muita inteligência emocional para saber lidar com as dificuldades e acreditar em si mesmo.
Você pretende gravar o seu primeiro curta metragem, que escreveu e irá dirigir com seu amigo Thassilo Weber, o qual será protagonizado por Raphael Vianna. Visto que inúmeros diretores iniciaram a carreira atuando e depois migraram para a direção e tiveram grande destaque. Exemplos de Amora Mautner, Pedro Vasconcelos, os saudosos Jorge Fernando e Marcos Paulo, para citar alguns. Você pretende trabalhar apenas como diretora futuramente?
É bem difícil falar do futuro e dos caminhos que vão surgindo em nossa vida, tudo pode acontecer, são muitas possibilidades. Sei que sou uma artista inquieta, que adora criar e movimentar, mas no momento não consigo me imaginar apenas como diretora. No entanto, só no futuro saberemos.