Fábio Assunção prestou sua solidariedade e participou de ato pedindo por justiça na morte da menina Ágatha, no Rio de Janeiro. Com um balão amarelo, ator caminhou ao lado de parte da comunidade.
Fábio Assunção aproveitou sua visibilidade para participar do movimento que pede justiça pela morte da menina Ágatha, baleada enquanto estava dentro de um veículo. Neste domingo, 22, o ator participou de um ato no Complexo do Alemão para pedir por justiça. Em suas redes sociais, Fábio levantou reflexão sobre a sociedade que vivemos.
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“Sei o que pensa uma parte da população. E venho aqui de novo dar minha cara a tapa. Mas, independentemente do que pensa esse grupo que enaltece a morte, eu sinto amor e estive no Alemão hoje. Solidário, empático com a dor coletiva e marcando a posição que acredito. Que é a urgência em nos reconhecermos entre aqueles de quem aprendemos manter distância”, começou.
Mesmo em sua posição privilegiada de ator, branco e homem, Fábio levantou reflexão sobre a sociedade brasileira e o racismo ainda presente. “Aprendemos que os pobres são perdedores, que os pretos são perigosos e que os ricos venceram. Será que não conseguiremos romper essa educação colonial e entender agora que somente o coletivo, a soma e a diversidade podem nos trazer alegria? Hoje caminhando ali percebi que tinha pouca gente no cortejo. Percorri as ruas com moradores e moradoras chorando ou em silêncio. Existiam ali amor e tristeza. Ruas cheias de buracos, casas sem fachada, obras paradas, esgoto a céu aberto”, postou.
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Sensibilizado com a brutalidade que tirou a vida da garotinha, Fábio fez um paralelo com seus próprios filhos. “Ágatha tinha 8 anos. Uma criança de 8 anos ainda é pura, ainda está na categoria de anjo, na minha percepção. Minha filha tem 8. Meu filho já teve”.
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“Quem teve a sorte de não estar na linha de tiro pode se posicionar também. Amorosa e pacificamente. Talvez isso não aconteça amanhã, mas o tempo há de nos levar pelo caminho da admiração mútua, pois todos precisam de amor, de afeto e de oportunidade de crescer. E todos são maravilhosos, cheios de força e talento para botar para fora. Falta apenas um olhar. Morador pobre de comunidade não é coitado. Coitados são aqueles que desprezam a vida do outro”, finalizou.
Com a participação de Fábio no ato, seu nome ficou entre os assuntos mais falados nas redes sociais. “Parabéns, Fábio! Você me representa”, disse uma internauta. “Esse é o verdadeiro modo Fábio Assunção”, comentou outro.
Porém, outros acusaram o ator de hipocrisia. “A questão não é ir ao velório, é ser hipócrita. O crime organizado tem poder é financiado inclusive por quem é usuário. Essa menina foi vítima de bala perdida de confronto entre traficantes. Nojo de você”, disparou.