Fábio Lago fala sobre relação entre Odair e Nick em O Outro Lado do Paraíso

Nicácio/Nick (Fábio Lago) em O Outro Lado do Paraíso (Foto: Globo/Raquel Cunha)

Nicácio/Nick (Fábio Lago) em O Outro Lado do Paraíso
(Foto: Globo/Raquel Cunha)

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No ar em O Outro Lado do Paraíso, novela da faixa das 21h da Rede Globo, o ator Fábio Lago, que interpreta Nick, falou sobre a relação de seu personagem com Odair, vivido por Felipe Titto e a repercussão do cabeleireiro.

“O personagem caiu na boca do povo, Graças a Deus. Ele é um personagem que parece ser simples, mas é muito complexo. Ele é cheio de detalhes, de referências, de trejeitos. Ele é um personagem que tem profundidade e conseguimos trabalhar os dramas pessoais dele e fugimos do frufru. E é uma batalha. A novela é longa, cheia de mudanças. Agora estou com três blocos de mudanças. Muitas mudanças, só coisas boas. A novela agora pegou um fluxo bom”, disse ao Purepeople.

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“Ele não foi contratado pelo profissionalismo, foi pelos atributos físicos do Odair. O meu personagem é muito solitário. Ele tem muitas dores de amores do passado. Ele é bem-sucedido no trabalho, mas muito infeliz na vida pessoal e o Odair acende novamente essa luz. Que é muito de parceria. Ele se torna um cara confiável que sai do campo da paquera. Eles criam uma relação de amizade, afeto, empregado patrão, que foge do sexual ou amoroso. O Odair foi contratado pelo corpo sarado, mas existe um respeito muito grande. O Odair permite que o outro se apaixone, mas sem uma cobrança de nada”, falou.

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Fábio contou ainda que torce para que Nick encontre um amor. “Eu gostaria que ele tivesse um romance. Ele traz uma gama de pessoas muito próximas a mim que sofrem exatamente como ele. Pessoas de 50, 60 anos homossexuais que não tem mais a beleza da juventude na pele, o chamariz do corpo, e sofrem muito com o estar sozinho. Às vezes eles até buscam um garotão para preencher esse vazio, essa falta de afeto do dia a dia. Torço muito que tenha alguém que se encante pelo Nicácio ele consiga criar uma relação de afeto. É quase um grupo não falado da comunidade LGBT: os mais velhos. Conheço a história de um professor que foi encubado muito tempo. Casou, teve três filhos, foi muito bem-sucedido na cidade dele e depois da separação da esposa e o momento mais livre que vivemos, saiu do armário. Ele foi demitido de todos os empregos, os filhos o abandonaram, e ele se enforcou. Tem muita gente que quer ser, que quer se assumir, que quer viver sua plenitude, mas a sociedade não está preparada para acolher essas pessoas. Estou torcendo para que tenha esse romance focado no afeto. Não um romance sexual. Meu personagem vai mais para o lado do afeto.”

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